QUEM É
Artista plástica.
MINHA HISTÓRIA COM JOINVILLE
Meus avós imigraram, mas meus pais já nasceram aqui, e eu também. Sou a filha mais nova, a 12ª. Morávamos na rua 9 de Março, na frente de onde hoje é a Biblioteca Municipal. Na época, aquela praça tinha um coreto no centro e um chafariz em cada lado. Frequentei a Escola Alemã (Deutsche Schule). Fico contente em ver que o prédio na rua Princesa Isabel está bem conservado.
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Em 1936, fui trabalhar como enfermeira no Hospital Dona Helena. Sempre gostei de pintar e modelar. Nas folgas, fiz curso de pintura. Aí veio a guerra, e o hospital foi fechado. Me mudei para São Paulo por dois anos. Quando voltei, tive aulas com o seu Fritz Alt. Mais tarde, dei aulas de pintura durante 18 anos.
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Também trabalhei no Museu Nacional de Imigração e Colonização por quase meio século. Eu fazia parte da comissão que angariava objetos, pensava na decoração.
Foi um grande prazer! Lembro-me de uma limpeza que fizemos na escada da casa grande. Removemos quatro camadas de tinta! A escada, para mim, é a coisa mais linda daquele museu.
Fizemos muitas exposições – eu, Victor Kursancew, Mário Avancini, Fritz Alt e outros – e hoje há várias obras minhas espalhadas por museus.
MISSÃO DE VIDA
Levantar o nível da cultura joinvilense. Me alegro porque o pessoal, em geral, gosta dos meus trabalhos. Isso dá uma grande satisfação. Acho que todos deveriam se dedicar a alguma arte.
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O QUE AINDA SONHA FAZER
Meu desejo é trabalhar com modelagem. Mas tudo fica difícil na minha idade: o transporte, o espaço onde eu vivo, tudo fica mais alto e distante. Existe um ateliê ali em cima (no Residencial Ventura), mas tem muita gente e não consigo me concentrar. Precisaria de um local só para mim.
QUAL O SEU PRESENTE PARA OS 163 ANOS DE JOINVILLE?
Acho Joinville uma cidade agradável, gosto muito daqui. Se aumentar o acesso à cultura, melhorar as calçadas, consertar as ruas com material de qualidade, fazer instalações que evitem as enchentes, acredito que Joinville ficará ótima.