Edenilson Leandro: Um olho no peixe, outro no gato

Revezando atenções com o impeachment, os males à saúde do momento até desaparecem, ou perdem intensidade, dos noticiários, mas todas as ações e pedidos de cuidados continuam valendo e plenamente ativos, lembrando a todos que não se deve relaxar. A informação continua sendo aliada potente da medicação e dos cuidados pessoais.

Leia as últimas notícias de Joinville e região

Confira outras colunas de Edenilson Leandro

Por isso, reproduzo estas importantes considerações e alertas que chegam por meio de assessoria de especialistas:

“Um em cada três brasileiros que morreram por complicações de gripe neste ano sofria de problemas cardíacos ou de diabetes, as duas doenças crônicas mais diagnosticadas entre as vítimas.

O fator que coloca pessoas com doenças crônicas no grupo de risco são as condições clínicas em que elas já se encontram. Para os portadores de diabetes, isso acaba sendo um problema maior, pois esse grupo tem um controle deficitário dos índices glicêmicos. Por isso estão mais vulneráveis a infecções, devido a já terem problemas na regulação fisiológica da glicemia.

Mesmo as pessoas que não se encontram no grupo de risco precisam tomar a vacina todos os anos porque o vírus da H1N1 passa por constantes mudanças em suas estruturas. Sendo assim, o anticorpo formado pelo estímulo da vacina no inverno anterior não reconhece o vírus atual e não consegue combatê-lo.

– Se o vírus da gripe não sofresse tantas mutações que impedissem o seu reconhecimento, a validade da vacina seria praticamente para toda a vida, como no caso da vacina contra o vírus do sarampo, da pólio e afins, que, com raras exceções, somente tomamos enquanto somos crianças – explica João Luis Ribas, professor da Escola Superior de Saúde, Meio Ambiente, Sustentabilidade e Humanidades da Uninter”.

O especialista reforça os cuidados simples (higiene e vacinação) para a prevenção e que são lembrados a cada nova temporada do vírus. É tarefa diária.

É que no arrastão de fatos novos criados ou que se tentam criar no momento político do País, é fácil perder a concentração em outras coisas importantes que nos cercam. Não pode. É um olho no peixe, outro no gato.