Edenilson Leandro: Para não falar em impeachment

Em mais um dia em que o Brasil mergulhou em política, a Terra não parou. Acontecimentos rolaram alheios ao “espetáculo democrático” encenado. Na caminhada matinal, cruzava com as mesmas pessoas, algumas dispostas, outras sonolentas, mas em plena atividade.

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Uns sujeitos empurravam um carro para tentar fazê-lo pegar no tranco. Felizmente, em rua lateral, sem maiores complicações ao trânsito. E um Palio e um Fiesta, modelos antigos, bateram em um cruzamento e atrapalharam o tráfego às 6h50, desta vez em uma via principal, o que não é uma maneira nada agradável de começar o dia. Quem diz que só Dilma acordou com problemas?

Não, o mundo não parou e a usina da vida continuou produzindo fatos. Acontecimentos além das mobilizações anti e pró à figura da presidente, que já teve o rosto mais cheio, hoje está com as “bochechas meio chupadas”, como se definiria nas assembleias de bar. Marcas do desgaste, decerto.

Os sites mostraram que no dia em que o Senado votou por nós (no que se incluem os contra e os a favor), coisas rolaram à margem do clima quente do Brasil.

O trânsito nas imediações do Mercado Municipal de Joinville continuou engarrafado por causa do novo corredor de ônibus. Como se vê, ninguém ficou em casa esperando o impeachment, todos têm mais o que fazer, só que chegar ficou mais difícil. O problema que o “AN” mostrou ontem é grave. Só quem enfrenta sabe.

Enquanto a cadeira presidencial entrava em discussões derradeiras, o mundo do da música foi sacudido pela separação do casal Ozzy e Sharon Osbourne após 33 anos de casório. Os noticiosos de celebridades e futilidades babaram em cima do assunto.

E um estudo revelou que um bicho peludo, um mamífero da Ásia chamado biturongue (simpático, pelas imagens no Google), faz xixi com cheiro de pipoca com manteiga. Sabia dessa em plena correria do impedimento, leitor?

E a Nasa anunciou ter encontrado 1.284 novos planetas. E um presidiário dos EUA está dizendo que é filho do recentemente falecido Prince e pede exames de DNA.

Assim transcorreu, abundante e paroquial, o dia da eleição sem urna.