É um pequeno alento a notícia de que a antiga sede da Prefeitura de Joinville voltará a ser habitada pelo funcionalismo, ganhando, com isso, um banho de loja e acabando com o ar de abandono que hoje ostenta. Como parece querer dizer a foto estampada nesta quinta na capa do “AN”, há um brilho de esperança no ar.
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Um prédio público largado tem peso várias vezes maior do que você topar com estes terrenos baldios entregues ao acúmulo de lixo. Porque se convertem em horroroso exemplo que vem de cima. A antiga Prefeitura é caso clássico, por todas as expectativas que já foram criadas em cima daquela esquina.
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Em Joinville, continuam presentes exemplos de abandonos. Passar pela esquina da Ministro Calógeras com a Conselheiro Mafra e notar o telhado do antigo CEI Padre Carlos com um rombo, afundado, como se uma turbina de avião tivesse caído ali, é um assombro. É uma barbaridade aquele caso de abandono e ainda mais grave pelo tempo que a situação daquele local perdura.
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Há outros e que não são novidades, tão graves quanto, porque se incorporam naturalmente ao cotidiano da cidade. O Ginásio Ivan Rodrigues, o antigo Fórum e as escolas Conselheiro Mafra, Monsenhor Sebastião Scarzello e Germano Timm – o que mais? Obviamente, não voltarão a ser o que eram. Mas serem abandonados à espera de sabe-se lá o que é desumano com Joinville e com o grau de zelo que se cobra do cidadão para com a cidade.
Estes locais precisam de vida, pública ou privada. Precisam de destinos produtivos. O que não parece concebível é serem percebidos como entulhos. Que, grosso modo, é no que se transformaram.
A se confirmar – como parece certo – a volta de vida à propriedade da Prefeitura na esquina das ruas Max Colin e João Colin, com a ida, para lá, do Ippuj, é de se sonhar que outros exemplos de burocracia e relapso com imóveis públicos sejam tocados pelo “brilho de esperança”, que outras amarras possam ser brevemente desfeitas.
No fundo, há poucas esperanças de que isso ocorra com a rapidez pretendida por quem observa a cena cotidiana. Acreditar que o bom senso possa se sobrepor ao perpetuamento dos “monumentos” inúteis e ao descaso é o que resta.
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