Udo Döhler é bicampeão da concorrida corrida à Prefeitura de Joinville. Numa analogia com uma competição esportiva, é licenciado definir assim mais esta vitória do peemedebista, sacramentada neste domingo nas urnas por 171.217 votos dos joinvilenses, contra 136.702 dados a Darci de Matos (PSD).
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As pesquisas previam disputa percentualmente mais apertada, contando com a figura da margem de erro. No fim, 55,60% para Udo e 44,40% para Darci, 11 pontos de diferença. Udo estabeleceu forte dianteira assim que a apuração passou dos 20% das urnas.
É possível afirmar que a maioria do colégio eleitoral joinvilense optou, novamente, pela segurança alicerçada no capital da imagem do Udo líder que, mesmo não sendo velha raposa da política e de ter ficado em dívida dentro do conjunto de promessas de seu plano atual de governo, soube jogar o jogo nesta escalada à reeleição. Como no caso das críticas ao governo do Estado, que não surgiram ao longo da gestão como apareceram no endurecimento da campanha.
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Neste particular de conquistar o eleitor, Udo parece ter respaldado pelos votos deste domingo duas coisas que se pedem a quem assume a Prefeitura: competência e coerência. Fica-se à espera da agilidade, o terceiro pedido que herdam os eleitos.
O prefeito reeleito diz que ajeitou financeiramente a Prefeitura. Isto tem impacto quase invisível na população, que quer ver obras e transformações, além de serviços eficientes.
É neste perfil de novidades estruturais que se fixam as expectativas a partir da chancela, pelo joinvilense, ao novo mandato. Serão, contados a partir desta terça, mais 50 meses de comando pela frente.
Na relação com o Estado e, por que não, a União, espera-se a contundência da campanha. Com diálogo, mas com firmeza, senão, tudo o que se viu e ouviu terá sido aquilo que se entende por “jogar para a torcida”. Venceu, talvez, um pouco do conservadorismo joinvilense. Darci apostou tudo num certo populismo que, no fim, não teve lastro.
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Não é possível dizer que uma Joinville dividida sai das urnas. O clima da campanha entre as pessoas foi ameno – bem mais do que a propaganda em todas as suas plataformas parecia desenhar. O que sai das urnas é uma Joinville em que todos têm variada gama de preocupações com a cidade, o bem-estar e o atendimento que ela precisar oferecer. O clichê de que as esperanças se renovam cabe. Fica a torcida, acima de qualquer eventual diferença que um clima eleitoral possa produzir.