Assalta-me um dos sete pecados capitais: a inveja. Chegou de mansinho e tomou posse durante a leitura de jornais. Cultivo o hábito analógico de juntar publicações diversas para ler com mais tempo e profundidade em casa. Então, abro exemplar do Jornal de Santa Catarina de terça-feira passada e descubro que Blumenau ganha mais um parque público neste fim de semana. Com o diferencial de ser um local para se levar os bichos de estimação para passeios e atividades.
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Atraído pela leitura e com a inveja elevando seus níveis, vou em frente no conteúdo da página. Trata-se de um projeto tocado pela Fundação do Meio Ambiente que dá forma ao Parque dos Animais Doutora Lúcia Sevegnani, apelidado de Parcão. É cercado, arborizado, com painéis em que constam as regras de convivência e os chamados agility, uns tubos para os animais (cachorros, predominantemente) se exercitarem – entre outras coisas.
O pecado da inveja foi inevitável e não houve como lutar contra ele.
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Parque dos Animais. Espaço público dedicado aos animais de estimação (e às pessoas, é claro, o benefício da infraestrutura é da comunidade). Decerto que as pessoas curtem tanto quanto os bichos, que, por sua vez, têm a liberdade e a permissão para estarem ali, sem que eles e donos sejam olhados com reprovação.
Deu inveja, da boa, que não mata, nem seca a pimenteira. Sabe-se que os tempos são financeiramente bicudos. Observar iniciativas ajuda. Torce-se para que também inspire.
Contei da iniciativa de Blumenau a uma amiga. Ela imediatamente transportou o cenário para cá e mapeou uma série de lugares que poderiam ser aproveitados em Joinville – entre abandonados, não explorados e já utilizados, mas com espaço ainda a explorar. Que, afinal, estas conversas servem para isso: sonhar um pouquinho de olhos abertos.