À página 5 da edição desta terça da edição impressão do “AN” estava um filhote de gato. Tristonho, desajeitado, tímido, frágil, mas abrigado, em breve poderá até ser adotado, quem sabe.

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Por causa daquele olhar de coitado, lembrei-me que gatos foram meus primeiros bichos de estimação. Meu pai não deixava ter passarinho em gaiola. E não queria mais cachorro desde que perdeu Lontra, uma cadela que mantinha sob a sombra de uma laranjeira. Na verdade, não queria mais bicho em casa além das galinhas que tinha para os ovos e os ensopados.

Em 1971, foi convencido por um amigo a aceitar de presente um gatinho de dois meses, pelos amarelo-claros. Virou um bichano muito bonito e nos fez companhia por tempos, até ser encontrado morto sob uns pés de aipim de uma vizinha. Morte súbita, aparentemente. Viveu oito anos conosco e, por causa dele, outros felinos foram se abrigar lá em casa, para aborrecimento do pai.

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Interessante a informação de ontem do Saavedra de que o Centro de Bem-estar Animal de Joinville (onde o gatinho da imagem foi fotografado) abriga, além de cachorros e gatos, coelhos e calopsitas. De abandono de cães e gatos, se sabe há muitos anos, mas de coelhos e calopsitas, não. A tese natural é de que se extraviaram e acabaram no centro. Deram sorte.

A informação de que atropelamentos lideram a causa de internação de animais no centro não surpreende. Qualquer um que saia às ruas vê que a realidade dos cachorros à solta ainda é grande – e a chance de presenciarmos ou nos envolvermos em um acidente deste tipo também. Uns perambulam por abandono premeditado e executado, outros, por desleixo – o dono é quem consente, faz da rua a extensão do quintal e coloca tanto o animal quanto pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas em risco.

Há quem aja com consciência exemplar. Conheço três pessoas, vizinhas entre si, que pagaram veterinário para castrar uma cadela que um dia apareceu e ficou na rua. Continua lá, sem dono, alimentado-se do que lhe atiram, mas sem risco de aumentar a população de cachorros de rua.

Singular responsabilidade.

E já que o tema é este, vai lá o serviço: no próximo sábado, no Garten Shopping, tem feira de adoção de animais, das 10 às 16 horas.

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