A Associação Ecos de Esperança está completando neste mês 25 anos de atividades voltadas à proteção da criança e do adolescente em Joinville. Com projetos gratuitos que estimulam o acesso ao esporte, à participação comunitária e a formação de princípios e valores cristãos, os profissionais e voluntários da instituição conseguem atender cerca de 250 cidadãos, por mês, por meio do Programa Ecos na Comunidade. Outras 24 crianças em situação de risco são contempladas pelo Programa Casa-Lar, voltado ao acolhimento provisório de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar.
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Sem ter fins lucrativos e sendo identificada como uma instituição cristã mantida pela Igreja Luterana, a Ecos de Esperança está situada do bairro Paranaguamirim, na Zona Sul de Joinville, e foi criada por iniciativa de um empresário na década de 1990 como uma ação social. Passados mais de 20 anos, tornou-se uma associação de missionários que promove o acolhimento e o desenvolvimento do público infanto-juvenil, em especial, reintegrando quem precisa à comunidade.
Este papel é cumprido hoje por três casas lares, cada uma com oito pessoas beneficiadas com idades entre zero e 18 anos, que são encaminhadas a estes locais pela Justiça para acolhimento, porque tiveram algum tipo de direito violado. Os demais atendimentos formam a grande maioria de atendidos pela rede: são centenas de cidadãos da própria comunidade, de quatro a 18 anos, matriculados por suas famílias no contraturno escolar que desenvolvem atividades coletivas. O objetivo principal nestes casos é a promoção da cidadania.
A estrutura é mantida por meio de convênios com o poder público e empresas da região, mas a participação comunitária e doações individuais também fazem a diferença e contribuem para a manutenção de um serviço humanizado e com o propósito de estimular a justiça social.
Segundo Douglas Christian Jung, coordenador da entidade, o apoio dos joinvilenses é de extrema importância para que a Ecos de Esperança mantenha este legado e continue oferecendo oficinas, apoio pedagógico e aulas gratuitas de futsal, danças urbanas, tênis de mesa, música, artes marciais e balé, aos pequenos da região.
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– O nosso ensejo maior é trabalhar princípios, principalmente nos momentos de esporte, para agregar e dar um diferencial para as crianças atendidas aqui. Queremos dar a elas uma bagagem espiritual, independente de bandeira de Igreja, mas baseada em respeito e caráter – aponta Douglas.
Participação comunitária
Para a responsável administrativa da Ecos da Esperança, Débora Wipprich, o investimento em esporte e acolhimento para as crianças e adolescentes ajudados pela instituição se reverte positivamente para toda a sociedade. E é justamente deste apoio social que mudanças efetivas podem acontecer.
— Nosso trabalho propõe um olhar para dentro da família de que existem oportunidades, que esta criança não está sozinha ou na rua enquanto o pai precisa trabalhar (no contraturno da escola). A Ecos dá uma perspectiva nova para essas crianças no futuro, de que elas podem agregar valor e que existem caminhos para que possam chegar onde precisam — considera.
Com este intuito, a comunidade de Joinville é convidada mais uma vez a apoiar a causa e a estar presente no dia a dia da instituição. Neste sábado, 28 de setembro, será realizado o 10º Almoço da Esperança, que visa reunir recursos para a manutenção da unidade. O evento acontece das 11h30 às 14h na Igreja Cristo Bom Pastor, na rua Eugênio Moreira, e terá pratos de risoto feitos pelo D'Marcos Restaurante nos sabores de frango ao funghi, frutos do mar e provolone com brócoli. Para colaborar, basta adquirir o almoço a R$ 35 (por adulto) e ou R$ 17 (para crianças de 6 a 11 anos).
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Ambiente transformador
De segunda a sábado o esporte é destaque na rotina das crianças e jovens assistidos pelo Programa Ecos na Comunidade. São atividades variadas que estimulam os alunos a terem responsabilidades, agirem em equipe, cuidarem da saúde e manterem o foco em uma atividade saudável no contraturno escolar. São vivências que os fazem refletir e a encararem situações de conflito na escola e em casa.
De acordo com o educador físico, Bruno da Silva Vieira, uma união de fatores que vai além do esporte.
— Este trabalho vem mudando a vida de bastante gente no bairro, porque ensina também a palavra de Deus, não de uma religião, mas dos bons exemplos. Temos algumas pessoas que saíram daqui, tiveram oportunidades e depois retornaram para ajudar. Por isso, as crianças acabam tendo na Ecos de Esperança um lar de confiança para construir o futuro — afirma.
História
1994 – fundação
1995 – início do funcionamento das três casas lares mantidas pela associação, com propósito de acolher e transmitir para crianças e adolescentes valores cristãos e o desenvolvimento da cidadania como meio de reintegração social da criança e o adolescente em situação de risco
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1996 – instituição passa a receber o apoio da Missão Evangélica União Cristã (MEUC), através da participação de voluntários em algumas atividades
2003 – inicialmente denominada de Associação do Menor, a instituição passa a se chamar de Associação Ecos de Esperança
2007 – inauguração do Núcleo de Apoio Comunitário, que favoreceu a presença da entidade como referência à comunidade local, junto ao Programa Ecos na Comunidade
2019 – consolidada com 25 anos de existência, a instituição atende gratuitamente mais de 250 crianças, adolescentes e adultos, com atividades de apoio pedagógico, esportes, grupos de convivência e apoio à complementação de renda
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Serviço
O quê? Almoço da Esperança
Quando? Sábado, 28 de setembro, das 11h30 às 14h
Onde? Igreja Cristo Bom Pastor – rua Eugênio Moreira, nº 651
Quanto? R$ 35 (adulto); R$ 17 (criança de 6 a 11 anos)
Informações: (47) 3423-0104