“ A crise enfrentada na Grande São Paulo vem assustando não somente moradores daquela região, mas acende um sinal de alerta para as demais cidades brasileiras. A estiagem não pode ser considerada a única responsável pelo desabastecimento, pois o consumo desordenado promovido pelos cidadãos também contribui muito para esse caos.
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Algumas cidades do litoral catarinense sofrem, em especial no verão, com a falta de água. Porém, as pessoas precisam se conscientizar de que a água deve ser utilizada com moderação, para que, em um futuro próximo, não venhamos a arcar com as duras consequências que a população paulista vem sofrendo.
Medidas simples podem ser adotadas, como não lavar calçadas, evitar que a mangueira fique aberta durante a lavação de veículos, minimizar o consumo no banho e com as louças, enfim, são detalhes que passam despercebidos. Por outro lado, a empresa responsável pelo abastecimento deveria investir na conscientização das pessoas, assim como qualificar a mão de obra empregada, evitando o desperdício em vazamentos que levam dias para que sejam consertados.
A administração pública e os políticos devem, por sua vez, trabalhar com afinco na fiscalização da abastecedora de água, bem como na conscientização da sociedade e dos servidores, a fim de evitar que o tema se agrave e se torne mera abordagem política, assim como muitos fazem com educação e segurança. Para quem já enfrentou um blecaute em 2003, em Florianópolis, sabe o quanto faz falta um item básico do nosso dia a dia como a água.
Portanto, não restam outras alternativas à sociedade, tendo em vista que o desabastecimento é um problema real e presente que não deve ser menosprezado. Não podemos esperar as torneiras secarem para agir de forma desordenada e desesperada em busca de soluções. O uso racional da água é de imediata aplicação para que não sejamos forçados a tomar banho de caneca, se sobrar água para isso. “
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