A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) recebeu na tarde desta segunda-feira o PH.D em Economia pela Universidade de Berkeley, na Califórnia, Regis Bonelli e o ex-economista do Banco Mundial em Washington Jorge Arbache. Os especialistas destacaram a importância da produtividade dos setores econômicos brasileiros no crescimento do país.

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A produtividade de um setor é medida pela relação entre a produção física e o número de horas pagas aos trabalhadores. Os setores de maior produtividade são aqueles que conseguem produzir mais com menos funcionários.

Bonelli mostrou que o crescimento do PIB é um reflexo do aumento da taxa de um produtividade de um país. Segundo a sua análise, o Brasil não está crescendo por galgar seu desenvolvimento nos setores de menor produtividade, como o de serviços. O economista destacou que uma empresa deste setor precisa de mais trabalhadores do que em todos os outros para faturar R$ 1 milhão.

O setor de serviços, o que mais cresceu na última década, é também o que mais emprega. Mas, de acordo com os economistas, a baixa taxa de desemprego que o Brasil registra hoje é um indicador fraco de que o país está, de fato, melhorando em termos de distribuição de renda e bem estar da população em geral.

Jorge Arbache ressaltou que o aumento da produtividade, além de ser imperativo para o crescimento do PIB, é a condição para o aumento dos salários reais, a manutenção de bons empregos, a redução da desigualdade e pobreza e a contenção da inflação.

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Também, segundo ele, para pertencer às cadeias globais de valor (países que mantêm relações comerciais e de investimentos) hoje, é preciso investir no aumento da produtividade, ou seja, em inovação e tecnologia.