O dólar opera em alta nesta quarta-feira após anúncios de aumento da taxa de juros no Brasil e nos Estados Unidos. A moeda norte-americana está sendo comercializada novamente na casa dos R$ 5, o que gera impactos em Santa Catarina. Segundo o professor e doutor em economia, Luis Gustavo Vivanco, a saúde da economia norte-americana é fundamental nessa variação cambial.

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– O que movimenta essa oscilação cambial é justamente ou a saída ou a entrada de dólares em um país. O que a gente observa hoje é uma possibilidade, por conta da inflação americana que está fechando a previsão de 8,5% no ano, os Estados Unidos aumentaram seus juros e com isso atraírem esses capitais – analisou Vivanco em entrevista à CBN Joinville nesta quarta-feira (4). 

Ele explica que a rentabilidade que está sendo paga lá traz investidores para os EUA. “Apesar de estar pagando menos que o Brasil, o cenário é de menos risco do que o Brasil. Com isso os investidores saem da economia, tirando os seus dólares do país, e quando acontece isso eles vão para os EUA causando a desvalorização cambial”, afirma.

Além da saúde econômica dos EUA, há nessa conta a China, maior economia do mundo e principal parceira comercial do Brasil. “E tem ainda o movimento chinês, segundo o professor, que vem passando por problemas de inflação e crescimento abaixo do esperado. O preço das commodities que estava em alta e está começando a cair. Isso leva a menor entrada de recursos no Brasil”.

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Esses dois fatores são os principais, além da inflação que persiste no Brasil, explicam a nova alta do dólar no país. 

Impactos da alta do dólar

Vivanco descreve também os impactos da alta do dólar na vida do catarinense. ”Hoje a gente vê uma inflação que afeta a todos. A desvalorização do real eleva a necessidade de entrada de moeda na economia pelo Banco Central”.

A alta dos preços tem sido um repasse do câmbio, analisa Vivanco. ”Com o dólar alto, o empresário industrial, que precisa de importações para fabricação de produtos ou alimentos, repassa o aumento do custo ao consumidor final”, finaliza.

Ouça a entrevista do doutor em economia, Luis Gustavo Vivanco, ao programa Notícia na Manhã desta quarta-feira.

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