Segundo o economista João Rogério Sanson, membro do Conselho Regional de Economia de Santa Catarina, a ruptura entre os grupos Almeida Junior e Westfield reflete mais um estilo diferente de administração do que uma tendência de mercado, uma vez que o investimento de capital estrangeiro no país deverá ser maior ao longo dos anos.
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Para ele, o fato de a empresa australiana defender shoppings centers gigantes em detrimento da sua instalação em cidades médias e grandes, como buscava o Grupo Almeida Junior, não se enquadra com o perfil do Estado, onde a população é mais distribuída e dificilmente viaja muitos quilômetros para visitar um centro comercial de grande porte que justifique um fluxo muito maior de pessoas.
Apesar da cisão entre uma gigante do ramo de shoppings centers e uma brasileira em potencial, Sanson não acredita que a separação abalará a imagem do país no exterior, porque o que atrai o capital estrangeiro são estatísticas de crescimento populacional e de consumo dos moradores locais.
– Quando estas empresas vem para o Brasil e se associam com outras nacionais, querem aprender como o mercado funciona, em vez de chegarem aqui com a cara e a coragem, arriscando perder milhões de dólares. Estamos falando de grandes grupos que, se têm planos para entrar em um novo país, entram em fase de experimentação para depois avaliar se investiram certo no negócio.
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