A economia solidária aponta para nova prática econômica, ou então a reinvenção da economia, provando que uma outra forma é possível, capaz de criar e fortalecer novos empreendimentos, gerando renda a partir do trabalho cooperativado, autogestionário, com administração participativa entre homens e mulheres que constroem um novo modelo de desenvolvimento sustentável, social e ambiental.
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A prática da economia solidária está fundamentada na cooperação, na autogestão, na produção coletiva, na comercialização direta, na justa distribuição da renda, na solidariedade, sustentando a lógica econômica que valoriza o ser humano e o trabalho acima do capital, formando novos “sujeitos” para o exercício da cidadania e inclusão social e na construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária.
Economia solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem. A economia solidária vem se apresentando, nos últimos anos, como inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social.
Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário. Seus resultados econômicos, políticos e culturais são compartilhados pelos participantes, sem distinção de gênero, idade ou raça.
Na região, a economia solidária está organizada pelo Fórum Litorâneo de Economia Solidária, que agrega os municípios de Itajaí, Porto Belo, Itapema, Balneário Camboriú, Navegantes, Brusque, Penha, Piçarras, Luiz Alves, Camboriú e Bombinhas.
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O fórum é instrumento de apoio, fomento e mobilização para o movimento de economia solidária, além de promover a articulação das políticas públicas e dos processos de comercialização para os empreendimentos da modalidade.
Texto de Leila Andrésia Severo Martins, professora, mestre em Educação e Cultura e coordenadora da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) da Univali