A economia subterrânea ou informal, caracterizada pela produção de bens e serviços não reportados ao governo, movimentou este ano R$ 653,4 bilhões, volume que representa 17,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
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De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou hoje os dados do Índice de Economia Subterrânea (IES), o setor encolheu 1,1% em relação a 2009. Segundo Fernando de Holanda Barbosa Filho, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, responsável pelo estudo, a queda do IES vem ocorrendo desde 2003, quando a economia subterrânea representava 21% do PIB.
– Isso é sem dúvida uma boa notícia, que mostra uma formalização crescente da economia brasileira e aponta que os esforços do governo, como a criação do Simples e do Super Simples, estão surtindo efeito – avaliou.
Barbosa Filho destacou que dois fatores explicam boa parte desse processo: o crescimento consistente da economia brasileira e a expansão do crédito. ‘Com o crescimento elevado e consistente da economia, o empregador se sente mais confortável na hora de contratar e formalizar seu empregado.
O economista acrescentou que a queda da economia subterrânea também traz benefícios ao Estado, já que muitas as atividades que a formam sonegam impostos, deixam de contribuir para seguridade social e não cumprem regulamentações trabalhistas.
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