As condições econômicas continuam fracas nos Estados Unidos e até mesmo pioraram em algumas regiões do país em maio, com os mercados imobiliário e de trabalho continuando a enfrentar desafios, mostrou o Livro Bege.

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O documento, que é um sumário das condições econômicas atuais feito com base numa pesquisa com as unidades regionais do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), refere-se ao período que vai de meados de abril até 1 de junho. Ele servirá de base para a decisão de política monetária do Fed nos dias 23 e 24 de junho.

O relatório mostrou que, apesar dos esforços do governo para revigorar os mercados de crédito, os consumidores ainda encontram muita dificuldade para obter empréstimos. Cinco dos 12 distritos do Fed veem a recessão perdendo certa força, mas ainda não esperam um impulso significativo da atividade econômica em 2009.

Quando se trata da indústria de manufatura, a maior parte dos distritos reportou níveis piores ou ainda baixos de atividade. Mas muitos deles também apontaram que a perspectiva para o setor melhorou levemente.

O gasto com varejo também segue fraco, com os consumidores abrindo mão de itens de luxo e carros novos. Diversos distritos citaram condições apertadas de crédito que estariam limitando as vendas de automóveis. O turismo também tem declinado.

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Comentários sobre o mercado imobiliário vieram mais favoráveis, com Nova York, Filadélfia, Cleveland, Richmond, Chicago, Kansas City, Dallas e São Francisco reportando mais vendas de moradias e certa estabilização da atividade de construção, embora em níveis muito menores. Ainda assim, o setor imobiliário segue enfrentando desafios.

– As taxas de desocupação de imóveis comerciais cresceram em muitas regiões do país, enquanto as incorporadoras estão encontrando cada vez mais dificuldade para obter financiamento para novos projetos comerciais – disse o relatório.

As condições do mercado de trabalho seguem fracas. Já a inflação não é uma preocupação imediata. “Com poucas exceções, os distritos informaram que os preços em todos os estágios da produção ficaram geralmente estáveis ou caíram”, atesta o documento. “A exceção notável a essa pressão baixista sobre os preços foi o aumento disseminado dos preços do petróleo.” As informações são da Dow Jones.