A economia baseada na indústria têxtil gerou frutos inesperados em Blumenau. Há cerca de 40 anos, a partir de uma parceria entre empresários do setor, surgia a semente do que hoje é um polo tecnológico consistente, referência em pioneirismo para o Estado e que desponta como uma das maiores promessas econômicas para o futuro.
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Tudo começou com a criação do chamado Centro Eletrônico da Indústria Têxtil (Cetil), que tinha o objetivo de atender a demanda por programas de gestão das maiores indústrias da região.
Com a empresa, veio uma geração de empreendedores que começaram a enxergar a possibilidade de trabalharem por conta própria, ligados no que a tecnologia ainda tinha a oferecer aos clientes.
Atualmente, só em Blumenau, há aproximadamente 500 empresas atuando no segmento, com negócios focados na produção e no desenvolvimento de softwares. O montante representa 53% do mercado catarinense e 30% dos negócios do Sul do país.
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Uma gigante do setor teve origem a partir de funcionários da Cetil Sistemas de Informática, há 40 anos no mercado de Tecnologia da Informação do Vale. Baseada em Blumenau, a Sênior Sistemas é hoje uma das maiores desenvolvedoras de softwares para gestão empresarial no Brasil e conta com quase 3 mil pessoas envolvidas com seus negócios.
Até o final do ano, a companhia pretende faturar R$ 480 milhões, 20% a mais do que em 2011. Para superar a escassez de mão de obra qualificada, a empresa investe pesado em treinamento e capacitação. No ano passado, foram injetados
R$ 1,2 milhão em cursos. Neste ano, a meta é investir outros R$ 2,3 milhões.
Mesmo com tanta competitividade, ainda há espaço para os pequenos negócios. O empresário Marlon Souza, da empresa Morphy, é um dos exemplos. Em 2006, ele e outros dois sócios abriram uma agência interativa que, inicialmente, focava no desenvolvimento de sites. Há três anos, o grupo passou a focar também no comércio eletrônico e na criação de jogos e aplicativos.
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– O mercado estava muito baseado na criação de softwares de automação, e nós corremos para outra vertente. Deu certo. Demanda temos, mas precisamos de mais profissionais qualificados – revela.