Durante entrevista coletiva para comentar os dados do Produto Interno Bruto (PIB), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou que a economia ficou estável no terceiro trimestre deste ano:
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– Portanto, não cresceu. Foi zero nesse trimestre, mostrando que a economia se desacelerou mais, exatamente nesse período – disse nesta terça-feira, ao falar sobre os dados divulgados de manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo Mantega, a desaceleração da economia no terceiro trimestre é passageira e no quarto trimestre a situação será outra.
– A economia no quarto trimestre já estará acelerando porque uma parte das medidas que tomamos [para equilibrar a economia doméstica em um cenário de crise internacional] já está sendo revertida. Estamos reativando a economia. Principalmente, as medidas monetárias. As taxas de juros caíram pelo terceiro mês consecutivo e reduzimos o Imposto sobre Operações Financeiras [IOF] para o crédito – disse.
O ministro da Fazenda admitiu, no entanto, que o crescimento do PIB do Brasil não chegará a 3,8% em 2011 como previa o governo.
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– Com resultado é difícil que tenhamos um crescimento de 3,8% como vínhamos projetando. Não só por causa do resultado do terceiro trimestre, mas porque o IBGE revisou o resultado dos dois primeiros trimestres do ano – disse.
Mantega destacou que contribuiu positivamente para o resultado do PIB o desempenho do setor agropecuário. Segundo ele, o dado anualizado demonstra um crescimento de mais de 10%. Por outro lado, ele disse que o setor industrial foi o que apresentou o pior resultado no período.
– Isso mostra que a indústria é o setor mais afetado pela crise internacional e a desaceleração econômica – considerou.
O ministro salientou que um dos resultados mais importantes da divulgação do IBGE, foi o aumento das exportações em relação às importações. Segundo o IBGE, as exportações cresceram 1,8% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano, enquanto as importações caíram 0,4% na mesma base de comparação.
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Confira a evolução do PIB: