A economia catarinense deve encolher 1,6% em 2015. A previsão faz parte do levantamento “Indicadores Econômico-Fiscais” do mês de novembro, divulgado nesta sexta-feira pela Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Apesar dos números negativos, o resultado de Santa Catarina deve ficar acima da média da economia nacional. Pelo Boletim Focus divulgado na segunda-feira, a expectativa é de que o PIB brasileiro (soma das riquezas produzidas no país) recue 3,19% neste ano.
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Segundo o documento, a queda em Santa Catarina será puxada pelo serviços, que representam, 60% da economia. Um dos mais prejudicados pelo baque econômico é o comércio, com previsão de queda de 5%. Os transportem também sofrem um grande tombo: a expectativa é de uma redução de 4,5% da movimentação econômica do setor este ano.
No documento, os técnicos da Sefaz indicam que a crise tem raízes políticos, mas também se deve pela política de expansão dos gastos estatais.
” Desde os anos 90, o Estado brasileiro vem gastando mais do que cresce a economia. Entretanto, desde então, passamos por um longo período de estabilidade política, equilíbrio macroeconômico e fomos favorecidos por relações de troca no mercado internacional. Com a crise internacional de 2008/2009, o governo brasileiro reagiu aprofundando uma política expansionista e intervencionista com incentivos à produção e ao consumo, através da concessão de créditos subsidiados, proteção de setores selecionados e da entrega de mais serviços públicos e benefícios sociais. Os desequilíbrios aumentaram, exigindo uma carga tributária cada vez maior, atualmente, uma das maiores entre os países emergentes”, diz o resumo do documento.
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Dados positivos
Embora a tendência de desaceleração econômica em Santa Catarina tenha começado em março de 2014, alguns setores projetam crescimento para este ano. De acordo com a Sefaz, as produções de cebola, soja e batata inglesa terão o maior crescimento. No caso da cebola, o Estado se consolida como o maior produtor nacional
Na agricultura, apesar da projeção de crescimento de 3,2%. das 13 culturas plantadas no Estado, 8 terão redução na produção. Já a indústria caminha no sentido inverso. De acordo com o governo, a produção industrial catarinense teve um recuo de 6,4% nos últimos 12 meses, “intensificando a trajetória de queda iniciada em março de 2014.”