Após a divulgação de que o prefeito de Palhoça Camilo Martins vai decretar emergência na mobilidade urbana devido ao atraso nas obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis, como informou Moacir Pereira, no Diário Catarinense desta segunda-feira (11), o chefe de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) concordou no Notícia da Manhã, da CBN Diário, que há veículos demais para as rodovias da região. Com a volta às aulas, o movimento na região tende a aumentar ainda mais.

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Para o prefeito Camilo Martins, o fato de a obra do contorno viário estar inacabada é responsável pelo aumento do movimento em rodovias como a BR-101 e a BR-282 e pelo aumento do fluxo em Palhoça, já que a cidade acaba servindo de desvio para os motoristas que querem fugir desse trânsito.

– (O decreto) É reflexo do caos urbano, da falta de planejamento. O que poderia resolver isso? Realmente o contorno da Grande Florianópolis, que está há muitos anos atrasado. Palhoça está sofrendo com isso, São José também, Biguaçu vai chegar em alguns anos nesse limite. É veículo demais para rodovia de menos. Estamos sofrendo com o que não foi planejado há 10 ou 15 anos – declarou Fiamoncini.

Em seu Twitter, a PRF classificou esse domingo (11) como sangrento, depois da morte de quatro pessoas em quatro acidentes diferentes no estado. As ocorrências foram registradas nas cidades de Barra Velha, Joinville, Pescaria Brava e Cunha Porã. Das vítimas, três eram ciclistas ou motociclistas.

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– O que mostra mais uma vez que esse tipo de veículo, de duas rodas, seja moto ou bicicleta, é um veículo muito frágil e tem que tomar todo cuidado ao pegar uma rodovia federal – declarou.

Para Fiamoncini, a prevenção de acidentes passa por fatores como fiscalização, educação para o trânsito e infraestrutura.

– O primeiro é a fiscalização, da PRF, da PM, da Guarda Municipal. Precisamos de um efetivo maior que acompanhe a evolução da frota. Precisamos que o assunto trânsito seja discutido nas escolas. As rodovias de Santa Catarina, com exceção da BR 101, não são duplicadas, o que favorece a colisão frontal, que é o tipo de acidente que mais mata – explicou.

Apesar dos problemas de infraestrutura das rodovias, a conduta dos motoristas é definitiva para ocorrência de acidentes, conforme o chefe de comunicação da PRF.

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– Por que 100% dos veículos não se acidentam ao fazer determinada curva, só um ou dois? Porque essas pessoas acabaram abusando da velocidade. A rodovia não mata, quem mata são as pessoas, mas a vida delas podia ser mais facilitada se as rodovias tivessem uma construção mais moderna – explicou.