Petrobrás, redes de distribuidoras e o custo do aluguel na Ilha de Santa Catarina elevam o preço da gasolina a mais de R$ 3,60 na maioria dos postos de combustíveis da Capital, acima da média praticada em outras cidades. Quem afirma é o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis de Florianópolis, Joel Fernandes. Ele criticou quem pratica “loucuras de preços que prejudicam toda uma categoria”.
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Entrevistado no Notícia na Manhã desta quarta-feira, Fernandes disse que as distribuidoras entregam a gasolina aos postos com preço na faixa de R$ 3,10 a R$ 3,15: “É ima insanidade econômica trabalhar com 3,20, 3,29. Os postos de gasolina de Florianópolis tentaram acompanhar preços nesse patamar e houve uma pré-falência generalizada. Houve uma perda média de R$ 30 mil mensais durante o período dessas promoções maquiavélicas. O operador precisa trabalhar com pelo menos 20% de margem para manter a saúde financeira”, afirmou.
Postos que praticam valores menores, segundo ele, trabalham com bandeira branca. Esses estabelecimentos podem adquirir combustíveis de várias distribuidoras menores, que praticam preços mais baixos porque não investem em redes. Além disso, não vendem por cartão de crédito, fugindo das taxas.
“Os postos que não sustentam bandeira recebem a gasolina na faixa de R$ 2,95, pois não têm uma distribuidora atuando. Por exemplo, o posto da Mauro Ramos não recebe cartão de crédito. Só a taxa do cartão e o tempo de recebimento dão mais de 10 centavos por litro.”
Questionado sobre os valore similares praticados pela maioria dos postos, Fernandes disse que a razão é o monopólio da Petrobrás: “Temos uma empresa que vende o produto no Brasil. Não há como ter diferença de preço.”
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O diretor do sindicato também culpou o preço do aluguel na Ilha: “São os mais caros possíveis. Quem, por exemplo, paga R$ 30 mil de aluguel em Florianópolis, no continente paga R$ 15 mil.”
Fernandes garante que não há motivo para temer pela qualidade da gasolina em postos que praticam preço abaixo da média: “Em toda Santa Catarina o índice de adulteração é muito pequeno, quase inexistente. Mesmo a gasolina barata é saudável. Acontece que esses postos azem uma loucura de preços que prejudicam toda uma categoria. O volume vai para eles em detrimento dos outros.”