Se engana quem pensa que para uma atleta reconhecida e vencedora de tantas competições internacionais, carregar a tocha olímpica é apenas uma mera formalidade. A remadora Fabiana Beltrame está feliz por fazer parte do grupo de pessoas que anunciam os jogos olímpicos no Brasil carregando a chama. Ela participa em Florianópolis, sua cidade natal.
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-É uma honra e um orgulho muito grande, depois de ter participado de três Olimpíadas, fazer parte deste momento histórico do esporte brasileiro.
Santa Catarina na rota da chama que anuncia os jogos olímpicos
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A remadora de 34 anos, eleita seis vezes a melhor do país pelo Comitê Olímpico Brasileiro, começou a trajetória vencedora no Campeonato Brasileiro de 1999. Na ocasião, ela ganhou duas provas e decidiu se dedicar para conquistar resultados ainda mais expressivos. E eles vieram. É tetracampeã Sul-Americana e em 2004 foi a primeira remadora brasileira a conquistar uma vaga no skiff simples aberto para as Olimpíadas de Atenas.
De olho no futuro
Para alcançar objetivos maiores na carreira, Fabiana mudou de clube e de cidade em 2005 e passou a remar no Rio de Janeiro. Três anos mais tarde, em 2008, chegou a Olimpíada de Pequim, na China. No ano seguinte realizou o sonho de ser mãe com a chegada de Alice, mas não deixou de lado a carreira e apenas 45 dias após o parto estava de volta aos treinos.
A remadora decidiu mudar para a categoria peso leve e continuou se desafiando. Determinada, conquistou títulos e colecionou medalhas. Em 2011, venceu a Copa do Mundo de Hamburgo e o Campeonato Mundial da Eslovênia, no skiff simples peso leve. Também conquistou a primeira medalha feminina em Jogos Pan Americanos, uma prata em Guadalajara, na mesma categoria.
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-A Olimpíada é diferente de todas as competições é, acima de tudo, a grande festa do esporte, a maioria dos atletas se prepara a vida toda para esse momento. Você compete ao lado dos melhores do mundo. Já tive a oportunidade de encontrar Michael Phelps, Colb Briant, Rafael Nadal e a lenda Usain Bolt. Inesquecível – relembra Fabiana.
Em 2012, a remadora precisou mudar de categoria e passou a remar o skiff duplo peso leve com Luana Bartholo para conseguir participar da Olimpíada de Londres, já que o skiff simples peso leve não é uma categoria olímpica. Elas conseguiram o 13º lugar na competição, um grande feito por terem remado apenas seis meses juntas.
Por ironia do destino, a vaga para os jogos olímpicos no Rio de Janeiro não veio, apesar de Fabiana ter se classificado no pré-olímpico no Chile, em março. Ela explica que, como as regras mudaram este ano, a Confederação precisou escolher apenas um barco de cada gênero e acabou optando pelo double feminino peso leve, que ganhou o ouro. Como ela ficou com a prata em sua categoria, está fora dos jogos. Ela anunciou que está fora da seleção brasileira e a etapa da Polônia da Copa do Mundo foi a sua última competição internacional.
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– Ainda não tenho certeza do que vou fazer quando parar, mas provavelmente estará ligado ao esporte. Quero aproveitar a experiência que adquiri durante todos esse anos e ajudar o remo a crescer.
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