Natural de Florianópolis, Rodrigo Ribeiro, 38 anos, mora a cinco quadras da La Rambla, avenida turística onde aconteceu o atentado terrorista desta quinta-feira em Barcelona. No início da tarde, uma van avançou contra pedestres por 800 metros, matando 12 pessoas e ferindo pelo menos outras 80. No momento do atropelamento, Ribeiro estava em casa almoçando com a filha e a mãe, que passa férias com a família.
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— Recebemos as primeiras notícias pela TV enquanto ouvimos muitas sirenes na rua. Minha esposa estava no médico e na mesma hora eu enviei uma mensagem, ela respondeu que estava tudo bem — disse o empresário.
Entre idas e vindas, o florianopolitano mora há 10 anos na Capital da Catalunha. Casou com uma catalã e tem uma filha de 2 anos e meio. No momento, está abrindo uma loja de materiais esportivos. Inclusive, acompanhou toda a repercussão do atentado pela TV enquanto trabalhava nos preparativos para a inauguração.
— No início eu não acreditei como algo assim pode acontecer numa cidade tão tranquila, que acolhe tão bem os imigrantes — contou por telefone à reportagem do Diário Catarinense às 22h50min do horário de Barcelona (17h50min em Brasília).
Rodrigo Ribeiro destacou também o procedimento de reposta das forças de segurança. Ele contou que a cidade é muito segura: o principal crime é o punguismo (roubo de bolsas e carteiras) por causa do alto movimento de turistas. E que por causa disso a polícia se faz presente de forma ostensiva nas ruas.
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— Ontem mesmo minha esposa e minha filha foram passear na Rambla à noite, no mesmo lugar, ficaram até mais tarde pois havia um espetáculo.
Ele não soube dizer como o povo catalão reagirá nos próximos dias. A Espanha, e muito menos Barcelona, não está acostumada a ataques terroristas na última década: o último incidente na cidade catalã foi um plano frustrado pela polícia em 2008. No país, houve uma explosão de bomba que matou duas pessoas em Palma e os atentados no sistema ferroviário de Madri, em 2004, que fez 192 vítimas.
— Eu acompanho as notícias dos outros países, inclusive procuro evitar locais de aglomeração, pontos turísticos movimentados, como prevenção. Não sei como será a partir de agora, mas a vida continua — disse Ribeiro.
Confira a reportagem de Mateus Boaventura para a CBN Diário, ouvindo o relato do engenheiro Ricardo Saporiti sobre o que presenciou do atentado na Espanha:
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