Desde as 5h desta terça-feira com o ouvido grudado no rádio da van em que trabalha, a mãe da bióloga Ana Paula Maciel, ativista gaúcha presa na Rússia, não sabia o que fazer ao ouvir sobre a liberação provisória da filha pela justiça russa.
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Motorista de transporte escolar, Rosângela Maciel, 56 anos, acordou mais cedo que de costume para acompanhar as novidades vindas da Rússia. Ainda aflita com a situação, a mãe agora aguarda por mais notícias da filha:
– É difícil saber que uma filha lá longe, fazendo o bem, está presa. Há uma ponta de esperança, mas agora vamos ver que tipo de liberdade vai ser. Se ela vai poder andar pela cidade, ou se vai ficar restrita a um quarto de hotel, por exemplo.
Winning smile from Ana Paula as she hears that she’s been bailed in St. Petersburg #FreeTheArctic30 pic.twitter.com/iSL394t47R
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– Ben Ayliffe (@benayliffe) 19 novembro 2013
Ana Paula foi a primeira estrangeira a ser libertada mediante fiança. A decisão do tribunal russo decidiu, na manhã desta terça-feira, que Ana Paula poderá responder ao processo em liberdade, mas sem sair do país.
Ainda com as poucas informações divulgadas pela imprensa a partir da conta do Greenpeace no Twitter, Rosângela apresentava um misto de alegria e incertezas:
– É um turbilhão de sentimentos. Estou alegre e apreensiva. Acho que agora as coisas vão começar a melhorar, já que cederam ao pedido de soltura mediante fiança – falou aliviada.
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Julgamentos
Na segunda-feira, a justiça russa libertou sob fiança três dos 30 tripulantes do barco do Greenpeace detidos em setembro no Ártico e prorrogou a detenção de outro por mais três meses.
Os três tripulantes liberados – o porta-voz do Greenpeace Andrei Allakhverdov, a médica Ekaterina Zaspa e o fotógrafo independente Denis Siniakov – são todos russos. O australiano Colin Russell teve a detenção prorrogada até fevereiro.
O barco do Greenpeace foi interceptado em setembro por uma unidade russa quando se aproximava de uma plataforma de petróleo no Ártico.
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