O presidente do Joinville, Nereu Martinelli, garantiu no começo da tarde desta terça-feira que o JEC não irá se omitir quanto às possíveis irregularidades envolvendo o atleta André Diego Krobel, que foi relacionado na última partida do hexagonal, contra o Metropolitano, mas não chegou a entrar em campo.
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::: Entenda o que pode acontecer após a denúncia de irregularidade no JEC
Em entrevista à Rádio CBN Diário, Nereu disse ter sido avisado pelo gerente de competições da Federação Catarinense de Futebol, Fábio Nogueira, que uma denúncia já foi protocolada ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) com a informação de que o jogador já havia completado 20 anos, mas não estava profissionalizado.
A lista de relacionados divulgada pelo clube naquela partida mostra que Diego Krobel vestia a camisa 15 e era apontado como não-profissional..
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-Não vou omitir nada. Se a irregularidade se confirmar, não vou culpar ninguém. Quando erra um, erram todos. O Joinville é um clube bastante avançado em sua profissionalização, mas é um erro que todas as equipes estão sujeitas a cometer. Existe uma jurisprudência formada em relação a isso. Aqui em Santa Catarina o tribunal pode apenas aplicar multa ao Joinville e não tirar pontos. Cada sentença é diferente – minimizou o presidente.
O presidente do JEC ainda declarou que quer ver o título do Estadual decidido em campo, mas não tira do rival o direito de reclamar.
-É um direito que o Figueirense tem de reclamar. Se existe ilegalidade, é uma forma de buscar seus direitos e respeitamos, mas tudo isso não vai tirar a alegria do torcedor no domingo. Vamos primeiro resolver a coisa dentro de campo. Aguardaremos a manifestação do tribunal. Se existir ilegalidade, vamos ter que nos defender, mesmo existindo ou não irregularidade – reforçou.
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O caso
O procurador-jurídico da FCF, Rodrigo Capella, confirmou nesta terça que a Federação Catarinense de Futebol (FCF) notificou o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) sobre o caso.
A escalação do JEC infringe o artigo 27 do Regulamento do Campeonato Catarinense, que se reporta ao artigo 43 da Lei Pelé, que diz: “É vedada a participação em competições desportivas profissionais de atletas não-profissionais com idade superior a vinte anos.”
Em caso de punição, o JEC poderia perder até quatro pontos, o que levaria a uma inversão da vantagem na final do Campeonato Catarinense. Nesse caso, o segundo jogo seria no Orlando Scarpelli, e o Figueirense teria a vantagem de dois empates.
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Capella alerta que dificilmente o caso será julgado até quinta-feira, o que não impediria a realização da segunda partida. Assim, o julgamento definitivo sobre o caso seria depois deste domingo, após a decisão na Arena.
Figueirense repete ação nos bastidores
Esta não é a primeira vez que o Figueirense age nos bastidores durante a decisão do Campeonato Catarinense. No ano passado, novamente diante do Joinville na final, o Alvinegro pediu a suspensão preventiva do meia Wellington Saci após o primeiro duelo decisivo, vencido pelo Tricolor por 2 a 1.
O clube da Capital pedia a suspensão preventiva do atleta porque ele teria acertado uma cotovelada no lateral Leandro Silva. O pedido, porém, não foi acatado pelo TJD-SC na ocasião, que denunciou o jogador por agressão, o que não impediu que ele participasse do segundo confronto, no Estádio Orlando Scarpelli.
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Mais tarde, em julgamento realizado após o término do Estadual, Saci pegou gancho de quatro partidas, que foram cumpridas no início do Catarinense de 2015.