E se Jesus nascesse hoje? Em que lugar do mundo viria? Em que família? Que realidade encontraria? A cultura, os costumes, as relações atuais são completamente diferentes de 2015 anos atrás. Mas quanto evoluímos desde lá?
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A cada 25 de dezembro milhões de pessoas ao redor do mundo se reúnem e celebram o nascimento de Jesus, o homem que, segundo a fé cristã, há mais de 2 mil anos veio ao mundo com a missão de estabelecer uma nova lei, pautada na compaixão, na tolerância, no perdão. O próprio nascimento de Cristo é repleto de simbolismos que remetem a valores como humildade e simplicidade.
O Natal é uma celebração religiosa, é a narração de uma história que se mantém viva sobretudo pela fé. E fé não é algo que se aprenda. É preciso viver, experienciar. Fé se sente. Por isso a crença na concepção e na atuação de Jesus, e mesmo a importância dele na história é diferente para cada pessoa, para cada religião. Mesmo a presença de Cristo na Terra como um ser humano e ao mesmo tempo divino é questionada por muitos.
O que não se pode negar é que ano a ano vemos quão atuais são os princípios que ele defendia. Independentemente de credos e doutrinas, um Natal sempre será bem-vindo se com ele vier respeito, amor e alegria.
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Jesus classe média
Nem rico, nem pobre. Em um comparativo entre os dias atuais e a época em que Jesus nasceu, ele estaria incluso na classe média. Entenda: Herodes era quem chefiava a região de Israel na época em que Jesus nasceu. Ele respondia a Augusto César, imperador de Roma, autoridade maior de uma sociedade na qual as classes sociais eram determinadas pela fé. Isso quer dizer que o alto clero fazia parte do grupo mais abastado. ?
Jesus não nasceu nesse meio – mas também não foi enviado a uma família pobre. José, seu pai, a quem Maria era prometida quando ficou grávida, era carpinteiro. O anúncio da chegada do Messias esperado passou longe dos palácios: pastores, trabalhadores pobres da época, foram os primeiros a testemunhar e divulgar o nascimento do menino.
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Família acolhedora
A idade em que Maria teria dado à luz levanta o debate sobre um tema atual: a gravidez precoce. Quatorze anos é a idade estimada de Maria quando teve Jesus. No relato do evangelista Lucas ela questiona como poderia gerar uma criança sem ter estado com José, mas não demonstra sentimento de rejeição. Pelo contrário, coloca-se a serviço.
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O casamento de Maria e José já estava acertado entre as famílias, prática comum naqueles tempos, quando as mulheres se casavam ainda adolescentes – até os 15 anos, geralmente -, e os homens por volta dos 25. A Bíblia descreve José como um homem bom, que diante da notícia da gravidez de Maria decide deixá-la em segredo para que ela não fosse difamada. O carpinteiro acolhe Maria e o filho que ela espera após receber a visita de um anjo.
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Rei sem palácio
Ao nascer, menino Jesus é presenteado por Melchior, Gaspar e Baltazar. Os reis magos levaram incenso, que era dado aos sacerdotes; ouro, reservado aos reis; e mirra, presente aos profetas. Os nascimentos não fogem a essa tradição até hoje. Na realidade atual, R$ 1,5 mil é o que mães estão dispostas a investir em enxoval para o bebê. Antes dos presentes, Maria enfrentou dificuldades no parto. Perto de dar à luz, ela saiu com José de Nazaré para Belém, onde o marido deveria alistar-se por ordem de Augusto César, que ordenou um recenseamento.
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Chegando à cidade, lotada para a contagem da população, não encontraram lugar para ficar e num galpão de animais Jesus nasceu. Apesar da simplicidade desde a escolha de Maria ao nascimento de Jesus, narra o evangelista Mateus que reis foram adorar a criança, representando diferentes povos e demonstrando o reconhecimento de Jesus ao mundo.