Duplicação da Rua Deputado Antônio Edu Vieira, em Florianópolis, é crucial para a mobilidade da cidade e para o desenvolvimento do Estado

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A autorização por parte de diferentes órgãos federais, entre eles o Ministério da Educação, da cessão de área da UFSC à prefeitura de Florianópolis para a duplicação da Rua Deputado Antônio Edu Vieira é apenas um dos inúmeros nós que precisam ser desatados para a efetiva ampliação da via.

Projeto essencial para o desenvolvimento da cidade – estende a Avenida Beira-Mar Norte até o aterro da Baía Sul e cria alternativas relevantes para o trânsito e novo trajeto ao aeroporto Hercílio Luz -, a duplicação vem sofrendo constantes golpes da histórica burocracia que atravanca o desenvolvimento das cidades e do país. Depois de superar os intrincados caminhos das decisões universitárias na UFSC, com seus longos debates sobre tudo que resulta em mudança no campus, a iniciativa ainda tenta suplantar obstáculos em Brasília.

É preciso esforço extra de todos os envolvidos para que esta obra se materialize com a urgência que a cidade cobra. Lideranças políticas, empresariais e comunitárias já deveriam ter “formado caravanas” rumo ao Planalto Central para pressionar, assim como ocorreu com sucesso na questão que envolveu o contorno viário da Grande Florianópolis.

Além desses obstáculos, há outras barreiras pela frente, como a necessidade de desapropriação de 69 imóveis. O decreto de utilidade pública foi formalizado no início do ano e os processos estão sendo tratados por uma comissão especial. A má notícia é que nenhum desses processos está concluído. Pela frente estão, também, o processo de obtenção de licenças ambientais que tramita na Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e a licitação para contratar a empresa que realizará as obras. O edital está previsto para ser lançado somente no fim de setembro.

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O parecer de maio da comissão da UFSC sobre a cessão da área é a maior prova de que até a comunidade acadêmica, “dona do terreno”, clama pela duplicação da avenida ao ponto de autorizar a doação dos 20 mil metros quadrados de área. E depois de concluída a obra, serão possíveis ações complementares de mobilidade no entorno da universidade propiciadas pela ciclovia, como a implantação de linhas de ônibus circulares para atender toda a comunidade universitária que povoa a região.

A morosidade das decisões públicas pune apenas o cidadão.