“ É no mínimo intrigante saber que o Brasil tem o maior nível de água para consumo no mundo (12%) em meio a tantos alertas e notícias sobre uma possível falta de água na próxima temporada de verão em Florianópolis, a exemplo do que ocorreu ano passado.
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Os picos de consumo e a falta de chuva contribuem para a escassez, certamente. E isso nos obriga a colocar em prática ações efetivas e que não dependam dos recursos naturais ou do comportamento humano.
Os maiores problemas estão no mau uso da água e no baixo índice de tratamento de esgotos sanitários e até mesmo o industrial, o que degrada a mata ciliar e prejudica os rios, nossa principal fonte de água.
Destaque para o problema que São Paulo vem enfrentando. Para que não haja riscos à natureza, é preciso que, antes de ser despejado nos rios, o esgoto seja tratado por empresas especializadas com boas estações de tratamento.
Santa Catarina, por exemplo, tem a única Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) do Brasil que utiliza a tecnologia de poço profundo, também chamada de deep shaft. É uma técnica muito comum no Japão, em países que precisam reutilizar a água e quando o tratamento é feito perto dos centros urbanos. Esta estação de tratamento fica em Brusque.
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Atualmente, apenas 40% do esgoto gerado nas cidades recebe tratamento. O tratamento de efluentes é essencial para a preservação do meio ambiente. A terceirização possibilita que pequenas empresas, principalmente, estejam de acordo com as leis ambientais e garante a redução da informalidade no setor.
Ações de curto, médio e longo prazo, como consumo consciente, investimentos no tratamento, reutilização e destino adequado para os efluentes são a chave para que este recurso tão precioso e tão escasso não nos falte, como já está acontecendo no Sudeste e como já aconteceu no verão passado. “