Mais uma comissão da reforma política será instalada nesta semana, com a promessa de que agora o Congresso entendeu o recado das urnas – com altos índices de brancos, nulos e abstenções – e vai fazer as mudanças necessárias. É difícil de acreditar que um parlamento que até agora se beneficiou das atuais regras tenha vontade de mexer em pontos fundamentais, como a redução no número de partidos e a moralização do uso do Fundo Partidário. No Planalto, no entanto, o principal comentário é que nenhum governo consegue governar com um Congresso tão pulverizado, com 25 partidos representados somente na Câmara. A meta da nova comissão é discutir criação de um fundo eleitoral, cláusula de desempenho e fim das coligações nas proporcionais. Já há uma ideia de deixar o que suscitar polêmica para o ano que vem. A relatoria deve ficar com o deputado Vicente Cândido (PT-SP), integrante da bancada da bola.
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CRISE DE IDENTIDADE
Um grupo de 12 deputados do PSB não está confortável com a posição do partido dentro do governo Temer. Nesta semana eles devem se reunir para discutir a relação.
DUPLA IDENTIDADE
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O Planalto está, sim, cobrando fidelidade do PSB porque o partido ocupa cargos no governo e está à frente do Ministério de Minas e Energia, com o ministro Fernando Bezerra Filho. Na bancada, também tem deputado que não quer abrir mão de ter um ministério e as portas abertas no Planalto.
MEDINHOS
Relator das 10 Medidas contra a Corrupção, o deputado Ônyx Lorenzoni (DEM-RS) começa nesta semana a conversar com as bancadas para convencer os colegas a aprovar o texto. O deputado vai esclarecer que alguns fantasmas foram afastados, como a autorização para utilização de prova ilícita e restrição de habeas corpus. Ainda está em estudo se haverá aumento de pena para o caixa 2 com dinheiro de origem ilícita.
FARTURA
O presidente Temer nega que existam avanços nas negociações com os tucanos a respeito das eleições de 2018. Na cúpula do PSDB, no entanto, parlamentares acreditam que o senador Aécio Neves trabalha na aproximação.
– Nós temos vários candidatos à presidência, e o PMDB, por enquanto, não tem nenhum. Por que não uma parceria? – questiona o líder do PSDB no Senado, Paulo Bauer.
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