A bandeira dos Estados Unidos voltou a ondear em Cuba nesta sexta-feira, depois de 54 anos, na embaixada americana no Malecón de Havana, em uma cerimônia liderada pelo secretário de Estado, John Kerry. Com isso, a embaixada americana foi reaberta na capital cubana.
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Três militares que arriaram a bandeira em 1961, quando os dois países romperam laços diplomáticos, a entregaram a três marines, que a hastearam, enquanto uma banda do exército americano interpretava o hino nacional do país.
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Em seu discurso, Kerry pediu uma democracia verdadeira em Cuba.
– Estamos convencidos de que os cubanos ficarão melhor com uma democracia verdadeira, na qual as pessoas são livres para eleger seus líderes com compromisso, justiça econômica e social – declarou.
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Kerry também mencionou o embargo contra a ilha.
– O embargo sempre foi uma via de mão dupla. As duas partes têm de retirar os obstáculos que mantiveram afastados os cubanos – enfatizou.
Antes, a bordo do avião que o levou à ilha, no início de uma histórica visita a Cuba, Kerry afirmou que “haverá contratempos pelo caminho”, mas destacou que o restabelecimento das relações com a ilha “é o começo de uma nova era”.
A reabertura da embaixada americana em Havana, que completa a aproximação entre os dois países, abre as portas para uma nova era de negociações, cordiais e duras ao mesmo tempo.
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O avião de Kerry, primeiro chefe da diplomacia dos Estados Unidos a visitar a ilha desde 1945, pousou no aeroporto José Martí, em Havana, às 9h locais (10h de Brasília), dando início a uma visita de menos de 12 horas à capital cubana.
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Ao desembarcar, Kerry foi recebido pela subdiretora de protocolo da chancelaria cubana, Margarita González.