Coordenador do Plano de Mobilidade Sustentável da Grande Florianópolis (Plamus), Guilherme Medeiros falou ao Diário Catarinense sobre o projeto do governo do Estado para implantar o sistema de transporte BRT na Grande Florianópolis.
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Segundo Guilherme, a ideia é promover significativos avanços na mobilidade da região com as obras, previstas para 2016 e 2017, com o sistema entrando em operação a partir de 2018.
Como funcionará a Parceria Público Privada?
A parceria é para a infraestrutura onde circularão os BRTs. É similar a uma concessão, só que a diferença é que não há pedágio. O próprio poder público, neste caso o governo do Estado, se propõe a remunerar a empresa privada quando a obra estiver pronta. Será estabelecida a modelagem econômica e uma vez lançado o edital, a empresa que vencer a concorrência tem obirgação de implantar as obras, todas as intervenções dentro do prazo contratual. Ela receberá pelo serviço depois da obra pronta.
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Como esse sistema de BRTs opera na prática?
É um sistema baseado em ônibus, mas como uma evolução deles. A ideia é que estes veículos circulem em faixas totalmente segregadas do tráfego normal, que as estações também sejam qualificadas, que o embarque seja em nível, sem necessidade do usuário subir degraus para pegar a condução. Junto com isso, todas as linhas vão ter essa separação do tráfego normal desde a saída do terminal, porque aí você consegue programar uma operação muito mais confiável de horários e trajetos. Se assemelha a um metrô, a um transporte sob trilhos. É muito mais do que uma faixa exclusiva para ônibus.
Quais são as etapas daqui para frente?
Vamos estabelecer detalhadamente a modelagem econômica, financeira e jurídica para calcular, por exemplo, quanto será a contraparticipação do governo. Esperamos avançar nessa modelagem nos próximos meses, para concluir em 2015 e lançar o edital no primeiro semestre de 2016. As obras então começariam no segundo semestre de 2016 e iriam até o fim de 2017, para que os BRTs operassem a partir de 2018.