Com a prisão do prefeito Elizeu Mattos e a decisão da Justiça de afastá-lo por seis meses, o vice-prefeito Toni Duarte assumiu a administração de Lages.
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Confira entrevista com ele:
Como o senhor vai encaminhar a administração da prefeitura nessa situação, com o prefeito Elizeu Mattos seu aliado, preso?
Toni Duarte – A partir do momento que fomos notificados pelo Tribunal de Justiça, assumimos, reunimos o colegiado da prefeitura para orientarmos as ações do município. À tarde, estive na Câmara, conversei com parte dos vereadores pedindo apoio para os projetos da cidade.
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Na Câmara a conversa foi só com a base aliada?
Duarte – O convite foi para todos os vereadores. Inclusive, alguns da base de oposição mandaram representantes. Foi uma reunião marcada muito em cima.
Ocorreu nesta sexta-feira a nova licitação da Secretaria de Água e Saneamento (Semasa). Não é um momento complicado para fazer essa escolha?
Duarte – Já estava agendada e foi determinação da Justiça, por liminar. E está prestes a vencer o prazo do atual contrato. Não tem como a cidade ficar sem abastecimento.
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A Viaplan não participou da licitação?
Duarte – Não. Não participou.
Logo depois da Câmara o senhor passou no Gaeco, o que foi buscar ali?
Duarte – Fui saber sobre a notificação dos servidores. Ainda não tinha nada. Aí eles reenviaram o pedido ao TJ.
Os servidores trabalharam normalmente na sexta-feira?
Duarte – Não normalmente, né? Porque são cargos comissionados e eles receberam as informações (equipes do Gaeco foram informar pela manhã que os servidores seriam afastados, mas ainda sem as notificações). Assim que formos notificados eles serão afastados.
O senhor tinha conhecimento de que havia pagamento de propina dentro da prefeitura?
Duarte – Não, não. Eu atendo dentro do meu gabinete, mas eu não tenho relação com a parte operacional da prefeitura.
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O senhor acredita que as fraudes ocorreram?
Duarte – Isso é muito difícil. A própria Justiça está procurando as motivações. Cabe ao Judiciário decidir. Não nos cabe fazer um pré-julgamento.
Como fica a situação política da prefeitura e da Câmara, com o prefeito preso?
Duarte – Fui vereador por quatro mandatos. Tenho um bom relacionamento com os vereadores, independente de partido. Coloquei lá que o mais importante do que fazer política nesse momento é pensar na cidade.
A eleição municipal em 2012 foi acirrada. Essa situação é um agravante?
Duarte – Acredito que não. Fui oposição durante 12 anos. Mas o momento político eleitoral não está sendo antecipado. Claro que, no momento certo, cada um vai erguer sua bandeira, mas hoje há uma união em relação à cidade.
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