A agressão a agentes da força-tarefa que orienta os estabelecimentos sobre as medidas preventivas do coronavírus em Blumenau foi lamentada pelo secretário de Defesa Civil, Carlos Menestrina. Para ele, o caso isolado reflete a exaustão de todos nos nove meses de entrentamento à pandemia na cidade. Porém, o cansaço coletivo não pode gerar reações como essa.
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— Todos os profissionais da Saúde e os envolvidos direto e indiretamente nesta pandemia [como os donos de estabalecimentos] estão exaustos, mas não pode faltar autocontrole e respeito. As normas são do Estado, a equipe só estava lá para orientar — disse Menestrina.
O caso aconteceu na noite de sábado (12) no bairro Itoupava Norte. Ao entrar no bar para orientar sobre o distanciamento e uso de máscaras, o grupo formado por três agentes foi hostilizado pelo dono do local e clientes. Dois profissionais foram agredidos com socos e houve uma tentativa de trancá-los em um espaço do estabelecimento. A caminhonete da Defesa Civil foi danificada após chutes.
A Polícia Militar foi acionada, mas os agressores, incluindo o proprietário, fugiram. Conforme Menestrina, a insituição levará o episódio à Justiça. Um boletim de ocorrência foi feito e os servidores farão exame de corpo de delito nesta segunda-feira (14). Eles passam bem. Mesmo com o ocorrido, a força-tarefa comandanda pela Defesa Civil continua. O secretário conta que ressaltou à equipe a necessidade de avaliar se o local apresenta riscos antes de entrar.
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Há a possibilidade do serviço ser suspenso se a matriz no mapa de risco do coronavírus sair da classificação gravíssima para grave na região. Essa é a segunda fase da força-tarefa, que começou no final de novembro. Na primeira, que durou de junho a setembro, as fiscalizações eram mais intensas por conta dos decretos municipais em vigor. Atualmente as regras são impostas apenas pelo Estado, o que permite o funcionamento de quase todas as atividades, mas com restrições.
— Nossa fiscalização é de orientação, não de penalização. É lamentável que isso tenha acontecido, mas foi uma exceção. Normalmente os estabelecimentos tentam atender as solicitações das equipes — garante Menestrina.
Entre os descumprimentos mais comuns estão a falta de distanciamento social e a negligência com o uso de máscara.