Os parentes dos passageiros chineses que estavam no voo MH370 da Malaysia Airlines expressaram “sérias dúvidas” sobre o anúncio do governo da Malásia de que o fragmento de asa encontrado na semana passada pertence ao avião da tragédia.

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A maioria dos passageiros do avião que viajava de Kuala Lumpur para Pequim, que desapareceu em 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo, eram chineses.

Em comunicado publicado em uma rede social chinesa e assinado com “Todos os familiares dos passageiros do MH370”, os parentes pedem uma reunião com um representante do governo malaio para ouvir “explicações”.

Alguns parentes estavam nesta quinta-feira diante do escritório da companhia aérea malaia em Pequim.

“Não acredito nesta informação sobre o avião, mentem para nós desde o início”, disse Zhang Yongli, que tinha uma filha no voo.

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“Sei que minha filha está em algum lugar, mas não querem nos dizer a verdade”, completou.

Bao Lanfang, que tinha um neto no avião da Malaysia Airlines, também acusou as autoridades.

“Todos mentem”, disse, antes de começar a chorar.

“Digam apenas o que tenho que fazer,” afirmou a senhora de 63 anos.

A investigação para encontrar o voo MH370 não conseguiu até agora explicar o mistério do desaparecimento. Mas na semana passada um fragmento de asa foi encontrado na ilha francesa de Reunião, no Oceano Índico, que segundo o primeiro-ministro malaio era parte do avião da tragédia.

* AFP