O rolezinho programado para ocorrer no Moinhos Shopping, acompanhado pela imprensa e aos olhos dos seguranças do shopping, e pela presença da Brigada Militar pelo lado de fora do estabelecimento, começou com atraso. Um dos organizadores e criador do evento Rolezinho Moinhos Shopping Porto Alegre no Facebook, Fábio Fleck, estudante de Análise de Sistemas, recebeu um documento chamado interdito proibitório. Em caso de prejuízos durante o evento, teria de responder judicialmente e pagar R$ 150 mil.

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– Vamos entrar mesmo assim – afirmou.

De acordo com o conselheiro tutelar Cristiano Aristimunha Pinto, o conselho recebeu, nos últimos dias, mais de 20 ligações de moradores de bairros no entorno do Moinhos Shopping pedindo que eles impedissem a entrada de “maloqueiros” no estabelecimento, o que deixou o conselheiro estarrecido.

– Sempre houve o rolezinho. É uma forma de a juventude buscar o seu espaço – disse o conselheiro, enquanto acompanhava a manifestação.

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A rotina do shopping foi alterada. Os frequentadores observavam, com curiosidade, a movimentação. Vendedores de algumas lojas observavam com apreensão. Durante o rolê, os jovens entraram em algumas lojas, se divertiram, cantaram o Rap da Felicidade (“Eu só quero é ser feliz/andar tranquilamente na favela onde eu nasci”) e até dançaram o funk do “quadradinho de oito”.

Veja fotos do evento: