O ex-diretor da área de Serviços da Petrobras Renato Duque e outros cinco detidos na Operação Lava-Jato tiveram a prisão temporária convertida em preventiva pela Justiça na noite desta terça-feira. Com isso, eles não terão mais prazo para deixar a prisão. Outros 11 detidos foram liberados pela Justiça.
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A decisão foi do juiz federal Sérgio Moro. Além do ex-servidor da estatal, o magistrado decidiu converter a prisão de Dalton dos Santos Avancini e João Ricardo Auler, ambos executivos da Camargo Corrêa; Mateus Coutinho de Sá Oliveira e José Adelmario Pinheiro Filho, da OAS; e Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC.
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Devido à decisão, eles não têm mais prazo para deixar a carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, no Paraná, onde estão detidos. As prisões temporárias foram efetuadas na última sexta-feira, em uma ação da Operação Lava-Jato, que investiga desvios de recursos da Petrobras.
Nos casos do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e de Adarico Negromonte Filho, que segue foragido, o magistrado optou por protelar sua manifestação. Considerado foragido desde sexta-feira, Baiano se entregou à polícia na tarde desta terça-feira. Ele deverá cumprir o prazo de cinco dias da prisão temporária, já que teve o pedido de habeas corpus negado pela Justiça, também nesta terça-feira.
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A decisão judicial analisou o caso dos 17 presos temporários cujo prazo de detenção vencia nesta terça-feira. Outros seis detidos na operação já estavam presos sob o regime de prisão preventiva desde sexta-feira e devem permanecer reclusos.
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Detidos que tiveram a prisão temporária (curto prazo) convertida em preventiva (tempo indeterminado)
DALTON DOS SANTOS AVANCINI (Camargo Corrêa) – presidente da Camargo Corrêa foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e teve sua detenção convertida para preventiva nesta quarta-feira.
JOÃO RICARDO AULER (Camargo Corrêa) – presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e teve sua detenção convertida para preventiva nesta quarta-feira.
JOSÉ ALDEMÁRIO PINHEIRO FILHO (OAS) – presidente da OAS foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e teve sua detenção convertida para preventiva nesta quarta-feira.
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MATEUS COUTINHO DE SÁ OLIVEIRA (OAS) – vice-presidente do Conselho da OAS foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e teve sua detenção convertida para preventiva nesta quarta-feira.
RICARDO RIBEIRO PESSOA (UTC) – presidente da UTC Participações foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e teve sua detenção convertida para preventiva nesta quarta-feira.
RENATO DE SOUZA DUQUE (Petrobras) – ex-diretor de Serviços da Petrobras foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e teve sua detenção convertida para preventiva nesta quarta-feira.
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Detidos que tiveram a prisão preventiva mantida
AGENOR FRANKLIN MAGALHAES MEDEIROS (OAS) – diretor-presidente da Área Internacional da OAS foi preso de forma preventiva na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e teve a sentença mantida nesta quarta-feira.
EDUARDO HERMELINO LEITE (Camargo Corrêa) – diretor vice-presidente da Camargo Corrêa foi preso de forma preventiva na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e teve a sentença mantida nesta quarta-feira.
ERTON MEDEIROS FONSECA (Galvão Engenharia) – diretor-presidente da Divisão de Engenharia Industrial da Galvão Engenharia foi preso de forma preventiva na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e teve a sentença mantida nesta quarta-feira.
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GERSON DE MELLO ALMADA (Engevix) – vice-presidente da Engevix foi preso de forma preventiva na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e teve a sentença mantida nesta quarta-feira.
JOSÉ RICARDO NOGUEIRA BREGHIROLLI (OAS) – funcionário da OAS foi preso de forma preventiva na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e teve a sentença mantida nesta quarta-feira.
SERGIO CUNHA MENDES (Mendes Junior) – diretor vice-presidente executivo da Mendes Júnior foi preso de forma preventiva na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e teve a sentença mantida nesta quarta-feira.
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Prisões revogadas
ALEXANDRE PORTELA BARBOSA (OAS) – advogado da OAS foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e foi liberado pela Justiça nesta quarta-feira – com proibição de deixar o país, mudar de endereço sem autorização judicial e obrigação de entregar o passaporte em cinco dias.
CARLOS ALBERTO DA COSTA SILVA (UTC) – advogado da UTC foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e foi liberado pela Justiça nesta quarta-feira – com proibição de deixar o país, mudar de endereço sem autorização judicial e obrigação de entregar o passaporte em cinco dias.
CARLOS EDUARDO STRAUCH ALBERO (Engevix) – diretor-técnico da Engevix foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e foi liberado pela Justiça nesta quarta-feira – com proibição de deixar o país, mudar de endereço sem autorização judicial e obrigação de entregar o passaporte em cinco dias.
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EDNALDO ALVES DA SILVA (UTC) – advogado da UTC foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e foi liberado pela Justiça nesta quarta-feira – com proibição de deixar o país, mudar de endereço sem autorização judicial e obrigação de entregar o passaporte em cinco dias.
ILDEFONSO COLARES (Queiroz Galvão) – ex-diretor-presidente da Queiroz Galvão foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e foi liberado pela Justiça nesta quarta-feira – com proibição de deixar o país, mudar de endereço sem autorização judicial e obrigação de entregar o passaporte em cinco dias.
JAYME ALVES DE OLIVEIRA FILHO (Polícia Federal) – agente da PF foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e foi liberado pela Justiça nesta quarta-feira – com proibição de deixar o país, mudar de endereço sem autorização judicial e obrigação de entregar o passaporte em cinco dias. No entanto, segue afastado do cargo até nova decisão judicial.
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NEWTON PRADO JUNIOR (Engevix) – diretor-técnico da Engevix foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e foi liberado pela Justiça nesta quarta-feira – com proibição de deixar o país, mudar de endereço sem autorização judicial e obrigação de entregar o passaporte em cinco dias.
OTHON ZANOIDE DE MORAES FILHO (Queiroz Galvão) – diretor-geral de desenvolvimento comercial da Vital Engenharia, empresa do Grupo Queiroz Galvão, foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e foi liberado pela Justiça nesta quarta-feira – com proibição de deixar o país, mudar de endereço sem autorização judicial e obrigação de entregar o passaporte em cinco dias.
OTTO GARRIDO SPARENBERG (IESA) – diretor de operações da Iesa Óleo e Gás foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e foi liberado pela Justiça nesta quarta-feira – com proibição de deixar o país, mudar de endereço sem autorização judicial e obrigação de entregar o passaporte em cinco dias.
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VALDIR LIMA CARREIRO (IESA) – diretor-presidente da Iesa Óleo e Gás foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e foi liberado pela Justiça nesta quarta-feira – com proibição de deixar o país, mudar de endereço sem autorização judicial e obrigação de entregar o passaporte em cinco dias.
WALMIR PINHEIRO SANTANA (UTC) – responsável pela UTC Participações foi preso de forma temporária (cinco dias) na última sexta-feira, dia 14 de novembro, e foi liberado pela Justiça nesta quarta-feira – com proibição de deixar o país, mudar de endereço sem autorização judicial e obrigação de entregar o passaporte em cinco dias.
Casos específicos:
FERNANDO SOARES, conhecido como Fernando Baiano – estava foragido desde a última sexta-feira, dia 14 de novembro, mas se entregou nesta terça-feira para cumprir cinco dias de prisão temporária. Foi apontado por Alberto Youssef como operador de desvio de recursos de contratos de obras da Petrobras em favor do PMDB.
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ADARICO NEGROMONTE – está foragido desde a última sexta-feira, dia 14 de novembro, e tem decreto de prisão temporária de cinco dias. Segundo a PF, ele seria o responsável pelo transporte de propinas.