O final da duplicação da BR-101 contribuiu de forma decisiva para que o número de mortes em rodovias federais caísse em Santa Catarina. Por outro lado, uma estrada ainda em pista simples passou a ser a campeã de letalidade: a BR-282, que atravessa o Estado de Oeste a Leste.

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— As colisões frontais, em rodovias de pista simples, são as que mais matam — destacou o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Adriano Fiamoncini, em entrevista ao Direto da Redação da tarde desta quinta-feira (19).

Fiamoncini destaca que SC tem poucas rodovias federais duplicadas, muitos trechos urbanizados e grande circulação de veículos de outros Estados, principalmente na temporada de verão.

Com isso, ao mesmo tempo em que Santa Catarina lidera em número de ocorrências com vítimas, tem o menor número de mortes a cada 100 acidentes, conforme apontou estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

A PRF destaca, também, o trabalho eficiente dos socorristas como motivo para essas posições tão antagônicas no estudo.

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— O número de mortes é pequeno em relação à quantidade imensa de acidentes — compara Fiamoncini.

Os dados divulgados nesta quinta-feira (19) dentro do Painel CNT de Consultas Dinâmicas dos Acidentes Rodoviários, mostram que, ao longo do ano passado, foram registrados 8.494 acidentes nas BRs catarinenses, sendo que desse total 6.731 tiveram vítimas (sem feridos ou óbitos). A pesquisa revela que a cada dez acidentes, oito tiveram pelo menos uma pessoa ferida ou morta. Nesse estudo, Santa Catarina aparece como o Estado líder no registro de colisões.