Dois jovens suspeitos de matarem o fretista Murilo Camilo, 46 anos, foram presos pela Polícia Civil de Blumenau e apresentados na manhã desta sexta-feira. Willian César Montagna, 21 anos, e Aristides Francisco de Lima, 22, foram detidos em cumprimento a um mandato de prisão preventiva.
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Ambos tiveram participação direta no assassinato, segundo o delegado Ronnie Esteves. No momento da prisão, Lima também foi autuado por tráfico de drogas pois na residência onde ele morava havia droga.
Provas técnicas, como a comparação de impressões digitais encontradas no veículo da vítima e registro de ligações telefônicas, ligam os amigos ao crime cometido há dois meses. Para o delegado responsável pelo caso, a motivação do assassinato ainda é uma incógnita:
– Sabemos que a vítima foi executada com um tiro na cabeça, mas como os autores do crime não prestaram depoimento não há como saber o real motivo.
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Segundo as investigações, a vítima foi abordada por Willian na madrugada do dia 7 de março – data em que o fretista desapareceu – que entrou no caminhão de Camilo na Rua dos Caçadores, na Velha, em Blumenau.
– Depois disto, telefonemas mostram que Willian liga diversas vezes para Aristides e uma terceira pessoa, o receptor do caminhão do fretista, começa a receber ligações do celular de Aristides, mas conversa com Willian, indicando que os dois estavam juntos – revela.
Camilo trabalhava como fretista e estava desaparecido há seis dias quando seu corpo foi localizado no dia 13 de março em avançado estado de decomposição em um matagal em Gaspar. A vítima era natural de Tijucas mas morava em Blumenau, onde trabalhava. O caminhão foi encontrado dias depois do crime abandonado em Balneário Camboriú.
Contrapontos
O advogado de Aristides, Franklin José de Assis, afirma que o cliente irá responder por tráfico, mas que seu cliente nega o crime de homicídio:
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– Vamos trabalhar para desclassificar o tráfico para a posse para consumo pessoal. Com relação à suposta participação no homicídio, ele nega qualquer envolvimento e diz que somente era amigo de Willian. Vamos ter acesso à íntegra das investigações para formular o pedido de liberdade provisória enaltecendo a primariedade, residência fixa e os frágeis indícios probatórios até então colhidos.
Defensor de Willian, o advogado Altamir França afirma que não irá se pronunciar sobre o crime até ter acesso ao processo que levou a prisão preventiva. Willian também tem residência e emprego fixos em Blumenau e deve ter o pedido de liberdade solicitado em breve.