A Polícia conseguiu prender dois suspeitos que estariam ajudando o serial killer Lázaro Barbosa a se esconder em Goiás. A dupla foi detida na cidade de Girassol nesta quinta-feira (24) à noite, e um aplicativo desenvolvido em Joinville ajudou as equipes na busca pelo local exato do esconderijo.
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Os dois presos sob acusação de darem cobertura à fuga de Lázaro foram identificados como Elmi Caetano Evangelista, de 74 anos; e Alain Reis de Santana, 33. O idoso é dono da chácara situada na área rural de Girassol (GO) e Alain seria o seu caseiro.
Elmi foi detido por policiais penais do Distrito Federal, que já haviam recebido a informação de que o serial killer estaria recebendo ajuda de moradores da região.
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O setor de inteligência da polícia já havia recebido denúncias sobre o paradeiro dos dois, e ativações feitas no aplicativo Brasil+Seguro ajudaram a equipe a identificar a localização e fazer as prisões. O criador do app, Edivaldo Veiga, destacou a parceria do setor de segurança com a tecnologia, o que possibilitou as detenções:
– A inteligência já estava monitorando comunicações mas não sabia a localização exata. As denúncias feitas pelo aplicativo levaram a polícia a saber exatamente o local em que essas duas pessoas estavam. E toda a busca foi feita em cima dessa denúncia que confirmou o que a inteligência já tinha.
O aplicativo
A polícia começou a utilizar o app nas buscas por Lázaro no início da semana. O sistema de proteção Brasil+Seguro é um dispositivo gratuito que pode ser acionado pela população em situações de perigo ou emergência por meio de um botão de alerta. A notificação é direcionada para o órgão competente, que pode agir a partir do comunicado.
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O aplicativo já é usado na Amazônia e Pantanal para o mapeamento de focos de queimadas. No caso do serial killer, o sistema possibilita que os moradores da região enviem de forma rápida e precisa a geolocalização de alguma atividade suspeita que avistaram.
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“Rede de psicopatas”, diz secretário de Segurança Pública de Goiás
O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, chamou as pessoas que estão ajudando Lázaro de uma “rede de psicopatas”. De acordo com o secretário, só psicopatas poderiam ajudar Lázaro, que tem uma extensa ficha criminal. Para o titular da Segurança Pública de Goiás, somente essa ajuda poderia justificar o fato de o criminoso não ter sido preso até agora.
“Sabíamos que não era normal ele conseguir fugir por tanto tempo sem ajuda, sem uma rede ajudando ele”, completou. Miranda destacou que os envolvidos estão sendo ouvidos e serão autuados por porte ilegal de armas e facilitação de fuga. Dependendo das investigações, poderão ser considerados, ainda, cúmplices ou coautores dos crimes praticados por Lázaro.
Com informações do Metrópoles, parceiro do NSC Total.
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