Mais dois homens foram condenados pelo assalto à uma joalheria em um shopping de Criciúma, no Sul catarinense. Um deles foi quem planejou a ação e o outro invadiu o local armado e roubou inúmeras joias em janeiro de 2023, conforme a ação penal ajuizada pela 1ª Promotoria de Justiça do município.
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Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a dupla foi condenada por roubo majorado com pena de oito a dez anos de prisão. Um terceiro envolvido, que foi preso em flagrante à época do fato, já havia sido condenado pelo mesmo crime. Outros dois estão foragidos, com prisão preventiva decretada.
Como os homens agiram juntos na prática do crime, isso configura concurso de agentes. Na ação, usaram de grave ameaça contra os funcionários da joalheria, com armas de fogo, que foram apreendidas com dois dos acusados.
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Com as investigações, os dois envolvidos, agora condenados, foram presos já no Rio Grande do Sul. Além das armas, foi apreendido com um deles um celular de onde foram extraídas mensagens que ajudaram a esclarecer o crime. As joias roubadas não foram recuperadas.
O crime
Em janeiro de 2023, quatro homens entraram no shopping e se dirigiram próximo à joalheria. Segundo testemunhas, um deles entrou na loja com uma máscara de proteção, aproximou-se de uma funcionária e ordenou que lhe entregasse todas as joias.
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Na sequência, um segundo homem entrou no local e mandou que outra funcionária o levasse até o cofre para entregar mais joias. O terceiro envolvido, que viu a aproximação de seguranças, entrou na joalheria para avisar os comparsas. O trio fugiu com o apoio de uma quarta pessoa.
No entanto, durante a fuga, um deles foi abordado pelo proprietário da loja e preso. Há um quinto envolvido, que foi considerado o mentor da ação, planejando o roubo sem estar presente no local no dia.
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MP entrará com recurso
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) comunicou que entrará com recurso para aumentar as penas estabelecidas. O promotor de Justiça Marcus Vinicius de Faria Ribeiro avalia recorrer da absolvição dos crimes de organização criminosa, receptação e adulteração de veículos.
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Na denúncia apresentada inicialmente, o MP pedia a condenação dos homens também pelos três crimes, já que havia indícios de que o grupo estava associado a práticas criminosas desde 2022.
Além disso, a denúncia apontou que a quadrilha receptou o veículo e a arma utilizada no dia do roubo, ambos frutos de outros crimes. A placa do carro foi adulterada para ser usada na ação criminosa.
Apesar do pedido, o Juízo decidiu por absolver os réus da prática dos crimes citados, por considerar que as provas desses demais crimes não eram suficientes, entendimento que o MPSC discorda.
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