Uma canta. Outra encanta. Uma cozinha. Outra experimenta. Uma dribla. Outra é driblada. Uma levanta. Outra corta. Uma fala espanhol. Outra também. Uma defende a seleção argentina. Outra também. A dupla argentina formada pela levantadora Yael Castiglione e a central Mimi Sosa é uma das grandes atrações da equipe de Rio do Sul, que estreia nesta sexta-feira na Superliga Feminina de vôlei.
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Há pouco mais de um mês na cidade do Alto Vale, a dupla mostra entrosamento dentro da quadra (juntas defendem a seleção argentina há pelo menos sete anos) e também fora dela. De riso fácil e esbanjando simpatia, as duas querem conquistar a torcida fazendo o possível para colocar o Rio do Sul/Equibrasil cada vez mais em evidência no cenário nacional. Até porque a equipe é a única representante do Sul do Brasil.
– Nós sabemos da responsabilidade, mas também do quanto é lindo ter tantas pessoas torcendo pela gente. Esperamos retribuir – conta Mimi.
Com idiomas parecidos em alguns aspectos, a castelhana diz que sofre ao tentar entender o português. E para isso conta com a ajuda de Yael que além de ter um namorado brasileiro, já jogou a temporada passada na Superliga, defendendo o Maranhão. De resto, as duas dizem estar se adaptando bem.
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– A cidade é tranquila, tem uma cultura parecida com a Argentina. Só estamos ansiosas para jogar – conta Yael.
Apesar de a equipe de Rio do Sul estar treinando desde julho, as duas chegaram há pouco mais de um mês, pois defenderam a Argentina no Mundial disputado na Itália (as hermanas pararam na primeira fase).
Do futebol para o vôlei
Mimi Sosa tem 27 anos e é natural da pequena cidade de Las Lomitas, na província de Formosa, que fica no Norte da Argentina a mais de 1,3 mil km da capital Buenos Aires. Apesar de o pai ter sido jogador de vôlei, aos oito anos ela entrou em uma escolinha de futebol, modalidade que jogou até os 16, quando trocou o gramado pelas quadras e ao invés de marcar gols, resolveu anotar pontos.
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– Minha mãe não gostava muito do futebol, então fui para o vôlei. Estava decidida que queria ser atleta – diz a jogadora, hoje uma das maiores pontuadoras da seleção argentina.
Além de atleta, ela revela talentos em outras áreas. Assim como os cinco irmãos, é música e toca instrumento parecido com cavaquinho. E tem como grande paixão a culinária. As colegas de time confirmam a fama de Mimi, especialmente no famoso alfajor. O sonho dela é abrir um restaurante depois de abandonar as quadras. Enquanto isso, espera matar a fome de conquistas dos fãs de vôlei.
Mais do que uma musa
A beleza de Yael Castiglione chama a atenção de quem a vê pela primeira vez. Mas a levantadora de 29 anos é muito mais do que um rostinho bonito. É uma das principais jogadoras da seleção argentina (são pelo menos 10 anos de trajetória) e chega com uma experiência de oito temporadas na Europa – passou por Espanha, Suíça, Azerbaijão, França, Romênia e Áustria.
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Na última temporada defendeu o Maranhão e a experiência fez com que ela virasse referência para a conterrânea.
– Estamos muito empolgadas e prontas para estrear. O vôlei brasileiro tem uma base forte. É muito bom poder jogar aqui – afirma.
Perfis das jogadoras
Nome: Yael Castiglione
Idade: 29 anos
Altura: 1,84m
Posição: levantadora
Nome: Mimi Sosa
Idade: 27 anos
Altura: 1,87m
Posição: central