A partida contra a Suécia, no próximo dia 26, será comemorativa pelos 50 anos da primeira conquista de Copa do Mundo da Seleção. Mas vá dizer isso para Dunga. O técnico da Seleção só quer saber de vencer o amistoso e preparar o time para as Olimpíadas.

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Confira algumas declarações de Dunga na entrevista coletiva concedida logo após a divulgação da lista de convocados:

Jogo comemorativo contra a Suécia

– Para nós, da comissão técnica, não tem jogo festivo. É um jogo da Seleção. O que nos interessa é entrar para jogar e aproveitar a oportunidade para treinar. A Seleção tem pouco tempo até as Olimpíadas.

Preparação para as Olimpíadas

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– Queremos colocar a seleção olímpica. Temos que manter uma base para estes jogadores mais novos chegarem e terem uma estrutura. Na medida do possível, a gente vai chamando e vai mudando.

Expectativa sobre Alexandre Pato

– Não é sobre o Alexandre, é sobre todos que tem idade olímpica. Todo mundo sabe da capacidade dele, mas a expectativa é sobre todos. Pedimos paciência com ele. Na ânsia de criar um novo ídolo, no primeiro jogo já falaram que foi uma maravilha. Ele foi bem, mas não é aquele glamour todo que se falava. Vai chegar a esse glamour pela capacidade que tem, mas sabemos que os jovens têm dificuldade de continuidade, oscilam muito. A oportunidade está sendo dada, esperamos que ele corresponda.

Liberação de jogadores com mais de 23 anos (os clubes são obrigados a cederem os menores de 23)

– Sabíamos que ia ter problemas com jogadores acima de 23 anos, mas eles também têm que querer jogar na Seleção, não só quando servir a eles. Vai ter que ter o esforço de todos, comissão técnica, jogadores, CBF e clubes para chegar a um acordo.

– O presidente da CBF vai falar com o presidente do Milan, da Juventus, etc. Mas é direto entre os presidentes. Se queremos falar com Deus, para que falar com um monte de santos antes? Vamos direto em Deus.

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– Está lá, no site da Fifa. Abaixo de 23, todos poderão participar. Acima de 23, tem que ter um colóquio. A forma de nós trabalharmos é direto com o presidente Ricardo Teixeira. Quando é uma questão política mais delicada, é o presidente da CBF que trata com os presidentes do clubes, porque são eles que vão liberar ou não.

Equipamentos eletrônicos para auxiliar a arbitragem

– Futebol é muito diferente de outros esportes. Se a cada lance, tiver que parar dois, três minutos para decidir, vai ficar complicado. Na minha opinião, é mais importante investir na capacitação dos árbitros, com treinamento, etc. Isso vai dar mais resultado do que colocar muita coisa mecânica no futebol

Futebol europeu x futebol brasileiro

– Não adianta ver no Fantástico os gols da Europa, tem que ver os jogos da Europa. E lá tem no máximo três, quatro chances de gol por jogo. No Brasil, há muito mais oportunidades por partida, até pela qualidade dos jogadores. Tem que saber valorizar o que tem no Brasil. Além disso, nem sempre ganha o campeonato um daqueles mesmos dois ou três clubes, como acontece na Espanha, na Itália. Há muito mais candidatos.