Sucesso em campo não é definitivamente garantia de sucesso na casamata. Isso é certo quando o assunto ídolos do Inter que, após abandonarem o futebol, aceitam o convite para serem treinadores do clube. Assim ocorreu com Falcão, Fernandão e agora Dunga. Há mais tempo, Figueroa e Carpegiani também sofreram com os resultados de campo e não tiveram vida longa à frente da equipe.

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Carpegiani, que ganhou dois Brasileirões no Beira-Rio, teve desempenho modesto em duas passagens pelo Inter, em 85 e depois 89. No primeiro ano, conseguiu um vice-campeonato estadual. Na segunda passagem, sucedeu Abel Braga após queda na Libertadores, mas durou poucas partidas comandando a equipe. Naquele ano, aliás, a direção colorada contratou três treinadores diferentes.

Figueroa, bicampeão brasileiro pelo clube nos 70, na sua curtíssima carreira como treinador, comandou a equipe colorada em 1996. No Campeonato Brasileiro daquele ano, por conta de uma derrota por 1 a 0 para o já rebaixado Bragantino, na última rodada, o time acabou perdendo a vaga no mata-mata da competição daquele ano para a Portuguesa, que viria a ser finalista daquela edição. Depois desta partida, o ex-zagueiro acabou deixando o cargo.

Falcão, tricampeão brasileiro pelo time colorado, teve a sua primeira passagem no Inter, como treinador, em 93. Ao todo, foram 14 jogos, com 5 vitórias, 4 empates e 5 derrotas. Os colorados terminaram em 5º em grupo de oito equipes e acabou eliminado na primeira fase no Brasileirão daquele ano. Sua volta ocorreu quase 18 anos depois. Após vencer o Gauchão de 2011 e cair nas oitavas da Libertadores para o Peñarol, o treinador fracassou nas primeiras rodadas do campeonato nacional e foi demitido.

Fernandão, em 2012, sucedeu o sucessor de Falcão, Dorival Júnior. Então diretor de futebol do clube, que foi campeão da América e do Mundo em 2006, experimentou sua primeira e única experiência como treinador. Comandando a equipe somente no Brasileirão. Com nove vitórias, oito empates e nove derrotas, o treinador não resistiu nem ao final da competição e foi mandado embora do clube.

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Por fim, Dunga. Herói em 1999 com um gol decisivo que livrou o Inter do rebaixamento naquele ano, o comandante venceu o Gauchão deste ano, mas acabou sucumbindo aos resultados ruins do time dentro do Campeonato Brasileiro. Após quatro derrotas na competição e um returno inferior ao lanterna da competição, o ex-volante se tornou o quinto ídolo colorado a fracassar como treinador colorado.

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