A Justiça determinou que o jogador de futebol Dudu, ex-atacante do Figueirense, seja julgado pelo Tribunal do Júri pela morte de três pessoas em um acidente de trânsito, em Florianópolis. O atleta poderá recorrer da decisão em liberdade. O julgamento não tem data marcada.

Continua depois da publicidade

A decisão é da juíza Mônica Bonelli Paulo, da Vara do Tribunal do Júri da Capital, e saiu na semana passada. A magistrada decidiu que cabe ao júri popular avaliar se houve homicídio doloso (assumiu o risco de matar) ou culposo (sem a intenção de matar).

O advogado do jogador, André Mello Filho, disse que irá recorrer no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ/SC). O defensor entende que houve homicídio culposo, ou seja, sem a intenção de matar. Neste caso, Dudu não enfrentaria o júri popular e seria julgado por um juiz.

O acidente aconteceu na madrugada de 19 de junho de 2011. Dudu, que tinha 31 anos na época, dirigia uma caminhonete Hyundai Vera Cruz pela Via Expressa Sul (sentido Aeroporto/Centro de Florianópolis). Ele tinha ido levar uma amiga no Sul da Ilha depois de uma festa em uma cervejaria no Bairro Kobrasol, em São José.

Continua depois da publicidade

Dudu não tinha carteira de motorista, perdeu o controle do veículo e bateu contra o muro de proteção de um poste de sinalização. O carro explodiu. Morreram no acidente os amigos do atleta que estavam no carro, Emerson de Avelar Neves, Rosemberg Martins do Espírito Santo e Edemilson Félix Moreira.

Os corpos de Emerson e Rosemberg foram carbonizados. O jogador do Figueirense foi autuado por homicídio culposo (sem intenção de matar), pagou fiança e foi liberado. Ele não fez o teste de bafômetro.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o jogador estava sob efeito de álcool, conforme consta no auto de constatação de sinais de embriaguez e conduzia o veículo em uma velocidade superior a permitida na rodovia, de acordo com o laudo pericial.

Continua depois da publicidade