Duas manifestações estão previstas para ocorrerem na manhã desta segunda-feira na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Uma delas organizada por estudantes de Odontologia e reclama da falta de condições das clínicas que estão lacradas por falta de condições. Está marcada para 9h30min, com saída do Centro de Saúde, e desloca-se até a reitoria.

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A outra reúne alunos, ex-alunos, funcionários e professores em solidariedade a professora Sonia Maluf, que deve ser indiciada pela Polícia Federal por crime de resistência à prisão e danos. O ato está chamando para a partir das 12h e também pretende chegar até a reitoria.

A vice-diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas sentou-se sobre o carro descaracterizado onde os policiais haviam colocado um estudante que seria levado do local. Sua preocupação, explicou, foi a integridade do aluno diante da truculência policial na ação que lhe parecia suspeita. Durante o incidente, os agentes pediram uma identificação e Sônia mostrou a CNH, que foi imediatamente apreendida.

O policial pegou o documento e colocou no bolso e disse que eu teria que acompanhar por desacato.

– Mas a todo momento eu pedia calma. Estava tentando ligar para a reitora, pois eles entraram no CFH, à paisana, sem avisar a direção – disse.

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Não existe confirmação se a reitora Roselane Neckel irá receber os manifestantes, pois pela manhã ocorrerá reunião do Conselho Universitário e que foi transferido de sexta-feira devido aos incidentes na universidade. Entre os temas estão a apreciação do Relatório de Gestão da Universidade Federal de Santa Catarina referente ao exercício de 2013 e um Relatório Circunstanciado sobre a ação de agentes da Polícia Federal na UFSC e encaminhamentos realizados.

Lígia Miranda, aluna da Odontologia, diz que se trata de uma manifestação de paz onde vestidos de branco os estudantes pretendem mais uma vez chamar a atenção para o problema que inclui falta de material, encanamento e fiação com problemas que inviabilizam o atendimento aos pacientes.

– Semestre passado lutamos por mudanças e nos deram um prazo para realizar uma reforma, o qual era até o começo desse ano. Mas as aulas recomeçaram sem funcionários devido à greve e não podemos começar atendimento algum, pois falta esterilização, laboratórios, pessoal para entrega do material – diz a estudante Lígia Miranda.

Além disso, explica, materiais não foram repostos e a reforma não concluída. Em assembleia, alunos e professores decidiram suspender as atividades teóricas e práticas até que as clínicas estejam em mínimas condições para realizar os atendimentos.

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