Em março de 2020, Dua Lipa lançou Future Nostalgia, álbum que entraria em todas as listas de melhores do ano. Com uma inspirada safra de canções e uma produção que condensava décadas de música de pista numa sonoridade futurista e nostálgica, o disco confirmava a promessa ambiciosa de seu título.

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Foi a trilha sonora perfeita para as festas – dos apartamentos às maiores casas noturnas – e festivais do ano que ainda se iniciava, portanto.

As festas e os festivais não vieram – o que veio foi a pandemia que paralisou o mundo e obrigou todos ao isolamento social, o oposto da comunhão derretida da dancefloor. Portanto, quando Dua Lipa subiu ao palco Mundo do Rock in Rio neste domingo (11), no encerramento da edição de 2022 do evento, havia algo maior em jogo do que um mero (grande) show.

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Naquele pedaço de chão da Cidade do Rock, assim como havia feito em São Paulo poucos dias antes, Dua Lipa como que fechava um parêntese aberto em março de 2020. E, dessa forma, propunha a fantasia de que entre o lançamento do disco e sua vivência coletiva -na pista, na festa, sua vocação maior- não houve hiato. O mundo seguia, o mundo segue, e a comunhão derretida de “Future Nostalgia” é mais futuro do que nostalgia.

À 0h28 desta segunda-feira (12), com um atraso de 18 minutos, Dua Lipa começou seu show com Physical. Com projeções que apresentavam os músicos e dançarinos da equipe, a cantora promoveu já nos primeiros momentos uma celebração da estética sonora e visual da virada da década de 1970 para os 1980, seguindo o espírito do disco.

Assim o show seguiu, apelando aos sentidos do publico, com canções como New Rules e Love Again. No palco, um balé vigoroso reafirmava o impulso de movimento que sua música provoca.

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À vontade e no completo domínio de toda a estrutura visual, sonora e simbólica do espetáculo, Dua Lipa confirma ao vivo a expectativa alta que Future Nostalgia lançou. As torres de luz no palco e o ritmo de – em canções como Break My Heart, ajudavam a fazer da Cidade do Rock a pista de dança adiada desde 2020.

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Antes de Be the one, Dua Lipa agradeceu longamente e com emoção sincera a plateia brasileira. Deixou de lado, então, por instantes, a grandeza de uma das maiores artistas pop do mundo hoje e se aproximou da jovem turista que postou no Instagram seu passeio pela Lapa, vestida de verde e amarelo.

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Depois de a cantora sair brevemente do palco, um número de dança com IDGAF anunciou um segundo momento do show, de texturas mais suaves e “aquática”. Mas não menos colorido ou dançante, como mostrou na deliciosa Good in Bed, na qual chegou a provocar a plateia arriscando, em português, um “gatinhos e gatinhas”.

Outra saída de palco, outro número de dança, desta vez mais quente e de BPMs mais altos, fez do palco um grande club e anunciou o terceiro ato do show. Canções como One Kiss e Hallucinate botaram fogo na plateia e prepararam o clima que ainda viria, no bis. Depois do encerramento oficial com sua versão de Cold Heart, de Elton John, Dua Lipa voltou ao palco para enfileirar Future Nostalgia, Levitating e Don’t Start Now. Êxtase. Alma lavada. 

*Leonardo Lichote

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