Ao final da vitória em casa, por 1 a 0 sobre o Brusque, a torcida do Criciúma interrompeu a comemoração para criticar o técnico Ricardo Drubscky, que deixou o gramado sob vaias. Líder na competição, o Tigre suou para bater o adversário, que acaba de voltar à elite do futebol catarinense e, apesar de ter disputado apenas seu segundo jogo, ainda não pontuou no campeonato.

Continua depois da publicidade

Drubscky declara que gostou da equipe que entrou em campo mesmo sem ter agradado. O técnico aponta que a equipe teve muitas oportunidades de gol, coloca a falta de entrosamento na equação e elogia o time do Brusque que, segundo ele, tem muita qualidade.

? Confira como foi a partida

? Veja as fotos do jogo no Heriberto Hülse

Continua depois da publicidade

– Apesar de ter gostado da equipe como um todo, eu não agradei. Mas tivemos muitas situações de envolvimento que poderiam ter resultado em gol. Infelizmente não conseguimos fazer o gol mais cedo, que poderia ter dado uma história diferente ao jogo. No primeiro tempo, com menos de um minuto, nós já tínhamos chegado duas vezes com condições de fazer o gol. Então se pegar o número de oportunidades, são algumas boas oportunidades de fazer o gol. E enfrentamos uma equipe muito qualificada. O treinador Pingo, do Brusque, veio com uma equipe muito qualificada, jovem, bem treinada – avalia Drubscky.

A vitória do Tigre veio de um gol de pênalti, em lance duvidoso em que Paulo Baier e Eurico se agarraram caíram juntos na área do Criciúma, e o árbitro Jefferson Schimidt marcou a penalidade máxima. Atrapalhada, a equipe cometeu erros e ainda não encontrou entrosamento para aproveitar todo o potencial de suas peças.

Além disso, a torcida questionou algumas das alterações do treinador na equipe. No intervalo, o estreante meia Everton foi substituído por Lulinha. Drubscky explica que a decisão foi tática.

Continua depois da publicidade

– Lulinha entrou para dar vida ao ataque. O Everton está chegando agora e não conseguiu mostrar um décimo do seu futebol, mas é um jogador que eu confio muito e vai mostrar muita coisa – argumenta o técnico.

Mas foi ao longo do segundo tempo que o técnico recebeu as primeiras vaias, ao trocar Serginho por João Vitor, aos oito minutos, e depois Lucca por Thiago Humberto, aos 22 minutos.

– O Serginho já tinha pedido para ser substituído no intervalo. Só que eu já ia fazer uma substituição tática, que era a entrada do Lulinha. Então começou o jogo e eu falei: vamos ver se a gente consegue levar o Serginho até 15 minutos. Mas eu senti que o Serginho já estava acusando mesmo e não esperei os 15 minutos, preferi substituir. Principalmente porque temos jogadores de qualidade no banco e o Serginho tem um histórico de problemas, então a gente não quer perder jogadores no início da temporada – explica.

Continua depois da publicidade

Sobre a saída de Lucca, decisão que gerou mais críticas, o treinador aponta que foi uma decisão baseada no desejo de dar mais criação e posse de bola ao time.

– Eu achei que ele (Lucca) não estava bem e tentei uma situação diferente. O Thiago Humberto entrou bem, acho que atendeu o propósito. Com a entrada do Thiago a gente procurou ter um pouco mais de posse, pra que não ficasse aquele pingue pongue que em certo momento do jogo a bola não ficava no ataque do Criciúma. E o Thiago Humberto entrou muito bem, pautou o jogo como a gente queria. Deu uma liberdade para o Paulo (Baier) e para o Paulo sofrer o pênalti como sofreu, foi bem na armação de jogada. O Lucca é um jogador de terminar a jogada, o Thiago é um jogador de começar. Então a gente fez essa troca com a ideia de melhorar e alguma coisa melhorou – justifica.

Apesar das críticas, o Criciúma lidera o campeonato com sete pontos. O próximo desafio é contra o Metropolitano, vice da competição, com seis pontos. A disputa será na quinta-feira, às 19h30min, no Estádio Monumental do Sesi, em Blumenau.

Continua depois da publicidade