Dois meses após a enchente, os estragos causados pela chuva ainda estão presentes em Blumenau. Diariamente, a Secretaria de Obras recebe cerca de 200 pedidos para limpeza da tubulação por onde a água escoa. O número é 10 vezes maior em comparação às solicitações feitas antes da tragédia.

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Por conta da obstrução dos canais de escoamento, as ruas ficam alagadas com as tempestades de verão. A chuva carrega o lodo dos morros e entulhos para dentro da tubulação, por meio das bocas-de-lobo. O material se solidifica nos canos, impedindo a passagem da água.

De acordo com o técnico hidrometrista da Universidade Regional de Blumenau (Furb), Mário César de Oliveira, basta chover entre 10 e 15 milímetros por 10 minutos para que algumas ruas, que antes da enchente não alagavam, apresentarem problemas.

Falta estrutura à Secretaria de Obras

Dos cerca de 200 pedidos diários de desobstrução dos canos, a Secretaria de Obras atende apenas os considerados graves, como ruas que ficam totalmente alagadas onde há maior concentração de moradores. O trabalho, segundo o diretor de Manutenção de Bairros, Éder Marchi, é feito inclusive nos finais de semana.

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Para atender mais pedidos, a prefeitura solicitou há três semanas recursos junto ao Ministério das Cidades. A verba seria utilizada para a contratação por um ano de três conjuntos de limpeza para a tubulação. A hora de trabalho de máquina custa em média R$ 350, incluindo equipamento e operários. O município ainda não sabe se receberá os recursos federais.