O cabo de guerra global entre defensores de direitos autorais e pirataria online segue longe do fim. Um ano após o fechamento do site Megaupload, Kim Dotcom, fundador do serviço, anunciou o lançamento de um novo site, desta vez com o nome de Mega.

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Depois de ter sido preso em sua mansão na Nova Zelândia, em janeiro de 2012, Dotcom aguarda em liberdade condicional o desfecho do processo movido contra ele pelo governo dos Estados Unidos. Enquanto isso, arquitetou e executou o lançamento do novo site, que, assim como o antigo, permite o compartilhamento de dados na internet de forma simples.

Durante o período em que o Megaupload esteve fora do ar, os usuários do serviço são unânimes ao dizer que encontraram outras formas de acessar o conteúdo. Alexandre, um advogado de 24 anos que prefere não ser identificado, relata que não deixou de fazer downloads no período.

– Eu fui encontrando outras formas, outros sites. O fato de o Megaupload não estar no ar não impediu ninguém de seguir baixando os conteúdos – revela.

Seguindo a tendência mundial, o download de conteúdos ilegais cresce no Brasil.

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Mesmo com punição prevista pelo artigo 184 do Código Penal, autoridades não conseguem encontrar formas eficazes de combate à pirataria online. De acordo com o delegado Emerson Wendt, para agir, a polícia precisa que haja uma denúncia, o que raramente acontece.

– Precisamos que o autor das obras que estão sendo pirateadas, que seria o maior prejudicado, fizesse uma denúncia, mas isso não ocorre – lamenta Wendt.

Antônio Borges, presidente da Associação Antipirataria Cinema e Música, lembra que, por mais que as ações contra a pirataria surtam efeitos, o crime vai continuar se expandido enquanto cresce também o número de usuários de internet em banda larga.

– O aumento da pirataria é quase uma consequência do aumento da banda larga no Brasil – avalia.

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Acesso permitido

Formas legais de consumo de conteúdo ganham espaço na internet. Quer fugir dos riscos do download ilegal e garantir a qualidade do conteúdo? Conheça algumas opções:

Streaming

Popular nos EUA e na Europa, o serviço permite acesso a filmes e seriados desde que haja conexão com a internet. Por uma mensalidade fixa, o usuário acessa o acervo. No Brasil, diversas empresas já realizam o serviço. Exemplo: Netflix, Cracked e SundayTV.

TV por assinatura

Usuários têm a possibilidade de comprar conteúdos direto pelo controle remoto. Preços e acervo variam de acordo com a companhia de TV. Exemplo: SkyOnDemand e Now.

Lojas virtuais

Popularizada pelo iTunes Store, da Apple, a possibilidade de compra de conteúdo online cresce no Brasil. O usuário encontra em diversas lojas virtuais a opção de fazer download pago de músicas, filmes e seriados. Exemplo: iTunes Store, Sonora e GooglePlay.

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