O Primeiro Circuito Brasileiro de Downhill, realizado no último fim de semana em Rio Rufino, na Serra catarinense, foi palco de muita adrenalina e velocidade. O campeonato recebeu 131 skatistas de diferentes Estados do Brasil e do exterior e movimentou o segundo fim de semana do Festival Viva Serra.

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Em uma pista com 1,3 quilômetro de distância, os atletas alcançaram velocidade de até 90 Km/h e fizeram disputas acirradas. O primeiro lugar na categoria PRO foi para Carlos Augusto Paixão, o Guto Negão, 25 anos, de Maringá (PR). Ele é o atual campeão brasileiro amador e vice-campeão mundial na categoria profissional.

– Viajei mais de 700 quilômetros para chegar aqui e fiquei muito feliz por conquistar esta etapa do profissional. Agora é se preparar para o mundial, que ocorre em Minas Gerais no próximo mês – comentou o campeão.

No feminino, o prêmio foi para Raiza Sartori, de Florianópolis.

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O festival teve a participação de uma ícone do skate, a bicampeã brasileira e sul americana Reine Oliveira (SP), protagonista do programa de televisão Curvas e Ladeiras do canal OFF.

A próxima etapa do Circuito será realizada em dezembro, na cidade de Novo Hamburgo (RS). A pontuação conquistada em Rio Rufino conta para a etapa final do campeonato.

O Festival Viva Serra será realizado nos próximos fins de semana até o dia 10 de novembro em seis cidades de SC. A programação, que inclui ações culturais, gastronômicas e esportivas, ocorre em Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Rio Rufino, São Joaquim, Urubici e Urupema.

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Universo feminino entre skatistas

Esporte radical e cheio de adrenalina, o Primeiro Circuito Brasileiro de Downhill mostrou que skate também tem espaço entre as mulhres. A bicampeã brasileira e sul americana, Reine Oliveira (SP), protagonista do Curvas e Ladeiras do canal OFF, junto com competidoras de Santa Catarina e de outros Estados do Brasil contaram como é ser mulher em um esporte tão perigoso.

Duane Espíndola, de Curitiba (PR), foi uma das participantes das provas em Rio Rufino. O detalhe é que ela estava morrendo de dor por um mal que os homens desconhecem: cólica menstrual. Além disso, elas dizem sofrer com a TPM, que acaba interferindo na concentração das atletas. A vaidade é outro ponto a se considerar. A skatista precisa lidar com as cicatrizes.

– Quem pratica skate já pode saber que corre o risco de ralar a pele ou quebrar algum braço ou perna – falou Reine, que já fraturou o ombro.

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Mesmo com todas essas características que circundam o universo feminino, elas admitem que vale a pena e confessam amar o skate. Algumas pretendem seguir os passos de Reine.

Raiza Sartori, de Florianópolis, já iniciou um bom caminho. Na etapa de Rio Rufino ela conquistou pela primeira vez o topo do pódio.

– Eu fiquei muito surpresa com o quanto eu desenvolvi, pois é a segunda vez que participo de um campeonato como este – contou a garota.

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