Na educação básica, apesar das dificuldades vividas no cotidiano escolar, há professores que persistem desafiando seus alunos. Ensinam mantendo esperança e expectativas de um mundo melhor, mais humano. Em sala de aula vão além da transmissão de conteúdos programáticos. Assumem a prática pedagógica comprometida com a formação do cidadão. Cultivam valores. Autodesafiam-se e desafiam. Nem sempre conseguem atingir suas metas, mas persistem…

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Na verdade, o grande número de alunos por turma, a falta de infraestrutura, de orientação, de segurança, os baixos salários, entre outras questões vivenciadas na escola pública, poderão levá-los à desistência. Dias atrás dialoguei com um jovem professor do ensino fundamental, educação pública, que me dizia estar arrasado. Embora gostasse de ser professor, preparasse as aulas com competência e tudo fizesse para atingir seus objetivos, o resultado era deprimente. Em sala de aula, alunos agressivos com palavras de baixo calão. Nem a administração respeitavam. Infelizmente esse é um breve perfil da realidade. Carentes de estímulo e de apoio, no exercício de sua função, sobrevivem com salários defasados…

Uma professora e pesquisadora educacional da universidade (já falecida) costumava afirmar que chegaria o momento em que o poder público teria que implorar aos professores da educação básica para que persistissem na função. Dizia que a falta de visão de mundo de parte dos planejadores responsáveis pela educação pública era notória. Quando a imprensa divulga escandalosos desvios de verbas pú

blicas, não se pode deixar de enfatizar e lamentar a desvalorização salarial dos profissionais da educação. Que o Dia do Professor seja lembrado hoje, sempre e sobretudo como sinal de valorização dessa classe tão imprescindível à nação brasileira!

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